Ter domínio próprio no casamento envolve entender se o problema é só com você ou se é do casal e então buscar resolver| Foto: Bigstock
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“Assim como o plano de saúde e o seguro do carro, autocontrole é o tipo de coisa que a gente tem que ter para quando precisar”. A afirmação é da pedagoga curitibana Aline Ramos, de 37 anos. Casada há uma década e mãe de dois, ela aprendeu que separar os sentimentos e acolhê-los faz uma grande diferença no relacionamento conjugal.

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“Com o passar do tempo, a gente entende que não vale a pena estourar por qualquer motivo e passa a lidar melhor com algumas coisas que antes incomodavam. Tem momentos que eu percebo, por exemplo, que é algo comigo, eu que não estou bem. E não posso descontar isso nos outros”, diz.

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Professora de Psicologia da Universidade Positivo, Samarah Perszel de Freitas considera que a postura é coerente e a mais indicada. “Primeiro, eu preciso estar bem comigo. O domínio próprio envolve isso. Não é não sentir emoções, mas entender o que está acontecendo. Isso é meu, ou isso é da relação? E só conversar (com o outro) quando tiver isso muito claro”, justifica.   

E quando ficar nítido que a questão envolve os dois, também é preciso saber resolver, defende Samarah. “Se tem algo que incomoda, é importante que seja dito. Só que de forma tranquila e educada. Não é deixar acumular ou aceitar tudo, mas saber o que negociar e de que forma fazer isso”, completa.

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Hora certa

Segundo a especialista em terapia familiar sistêmica, é de extrema importância encontrar a hora certa de puxar o assunto. “O ideal é escolher um momento em que os dois estejam bem. Não adianta querer resolver a situação depois de um dia estressante ou quando uma discussão (por outro motivo) já teve início. O ideal é achar formas de minimizar o problema e calcular qual o melhor momento para fazer isso”, recomenda.

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Ainda pelo que afirma Samarah, o grande equívoco para muitas pessoas é entrar na relação esperando que o outro mude. “Aceitar o outro é tão fundamental quanto aceitar a si. Para isso, precisamos encontrar esses pequenos ajustes do que é possível adequar. Uma relação positiva e funcional não quer dizer livre de conflitos, mas de quem sabe conviver com as diferenças e aceitar as diferenças”, conclui.