A parceria entre o casal só funciona, se ambos forem generosos; e esse altruísmo está diretamente ligado à longevidade da relação.
O principal impedimento para a evolução do casal é o egoísmo e, por isso, a generosidade é tão importante.| Foto: Bigstock

Duas pessoas decidem se casar pelos mais diversos motivos, mas ninguém duvida que o amor é um dos principais. A vida a dois exige disposição para dividir alegrias e tristezas desde as escolhas mais importantes até as mais simples, corriqueiras. Só que a parceria só funciona de verdade se o casal souber ser generoso. E esse altruísmo está diretamente ligado à longevidade da relação.

Siga o Sempre Família no Instagram!

Cláudio Ebert é teólogo e especialista em terapia familiar sistêmica. Ele e a esposa, casados há quase 40 anos, ministram um curso para quem quer dar o passo tão importante rumo ao matrimônio. “A gente acredita que não saímos casados do cartório ou da igreja. Isso altera o status social. A gente vai aprendendo a casar ao longo da vida”, afirma ele.

E esse aprendizado deve ser constante na opinião do psicólogo Matheus Vieira. “É um crescimento mútuo à medida que um está aprendendo com o outro”, defende. Vieira diz ainda que o principal impedimento para a evolução do casal é o egoísmo e é por isso que a generosidade é tão importante: “Quando cada um está preocupado com o próprio bem estar, fecham-se as portas do crescimento porque a pessoa acha que está pronta, que sabe tudo”.

Ao mesmo tempo em que devem contribuir para o aprendizado do outro, os dois devem ser protagonistas da relação. Ebert explica que a generosidade é a essência da parceria. “A gente precisa valorizar as ações do outro, admirar o outro e se não houver isso, a relação não é forte o suficiente”, ensina o teólogo, que também alerta para a importância do amor próprio. “Os parceiros são valorizadores um do outro e de si próprios, devem ser generosos consigo”, destaca.

Equilíbrio

Só que agradar ao cônjuge não significa anular as próprias vontades. Vieira esclarece que sempre é preciso haver uma troca. “Abrir mão de algo importante pra você por um luxo do outro é passar por cima dos próprios princípios”, diz ele, que completa: “só devemos cuidar do outro se isso não fere a nossa identidade. Caso contrário a relação se torna doente”.

Além disso, entender que um não é responsável pela felicidade do outro, apenas contribui com isso é outro fator importante, revela Ebert. O teólogo enfatiza que todo relacionamento tem altos e baixos e que casamentos bem sucedidos precisam de investimento contínuo. “Não pode cair na rotina. Mesmo as rotinas domésticas e conjugais podem ter beleza”, conclui.

Agradar a pessoa amada, querer que ele se sinta confortável e satisfeito é ser generoso. Conseguir expressar esse amor pelo outro colocando-se, também, como prioridade pode não ser uma fórmula exata, mas com certeza coloca o casal no caminho para uma relação duradoura e feliz.

Deixe sua opinião