Maduro tem afirmado que vencerá a eleição de 22 de abril e governará até 2025. A vá?!
Até a segunda ordem as eleições presidenciais na Venezuela serão daqui a dois meses. Segundo o Instituto Hinterlaces, o ditador Nicolás Maduro é o candidato favorito da população. O curioso é que esse mesmo instituto, absolutamente imparcial, foi aquele que, em 2014, afirmou que a esmagadora maioria dos cidadãos venezuelanos aprovava o modelo de governo socialista de Maduro. No duro?
(Mais curioso ainda, para não dizer abjeto, é o tal Igor Fuser, doutor em Ciência Política e professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC, cujo nome me inspira apelidos fantásticos. O grande dotô, cujo perfil no Facebook denuncia o clássico socialista mimimi anti-golpe, afirma que “A VENEZUELA É UM PAÍS MAIS DEMOCRÁTICO QUE O BRASIL”. Sério, não há maneiras de contra-argumentar. Só mandando o fulano pra viver lá mesmo.)
Continuemos.
Querem que creiamos na popularidade de Maduro apesar de uma outra pesquisa muito mais séria, feita pelo Instituto Datanálisis, ter apontado, em julho de 2016, que 80% da população quer a saída de Maduro do poder perpétuo. Esses números fazem muito mais sentido.
Sem voto impresso não tem mudança. Isto é lição para nós. É só pesquisar um pouco para ver como a tal Hinterlaces é amigável ao governo ditatorial. Ai dela se fizer fora do penico.
Agora, do alto de sua cátedra, Antonio Guterres, secretário-geral da ONU, diz estar muito “preocupado” com a situação na Venezuela. Ele também afirma ter notado – vejam só! – que milhares de venezuelanos estão fugindo para a Colômbia e Brasil, desesperados por suas vidas. Na Colômbia, já chega a 550 mil o número de imigrantes. Em Boa Vista, mais de 50 mil. Num país sem comida, sem remédios, sem água e sem noção, qualquer chance de sobreviver é bem-vinda.
Por que Guterres não deu chelique quando Maduro começou a matar a própria população? Só por que agora há imigrantes e o assunto está na moda, ele quer pagar de empático? Por que Guterres não disse estar preocupado com as toneladas de corrupção e aparelhamento que vêm sendo deflagradas nos últimos anos no Brasil? A ONU sempre acobertou regimes progressistas e agora vem chorar? Ela é cúmplice. Nada mais.
Se não me engano em 2009 milhares de pessoas foram às ruas a fim de protestar contra a reeleição ilimitada que, depois, seria aprovada pelo “””referendo””” popular realizado nas milagrosas maquininhas da Smart Matic, empresa venezuelana. No duro, Maduro? O cara tem uma das maiores rejeições como presidente na história e ainda será eleito – PERPETUAMENTE! Que milagre! Que fenômeno! Parece a Dilma.
O pastor evangélico Javier Bertucci, também candidato à presidência, diz ter esperanças. Coitado. Não com urnas eletrônicas. Não com Maduro, que agora chora as pitangas dizendo que os EUA estão bulinando seu governinho mandão. As boas novas é que a oposição tem dito que o pleito foi convocado sem antecedência suficiente para que se possa garantir uma campanha justa, ou para que se instaurem instrumentos eficazes para prevenir fraude ou até mesmo coerção na hora da votação nas urnas (de novo, eletrônicas!).
Colômbia já adiantou que não reconhecerá os resultados da eleição. Esperemos que o Brasil faça o mesmo.
Eis o resumo da coisa: Maduro é odiado pela população, bajulado pelos institutos de pesquisa pagos por ele, é também comandante das maquininhas mágicas, ditador do pobre país e manda numa população desgraçada, já quase sem forças para se revoltar. As eleições na Venezuela são apenas um teatrinho político para não dar muita bandeira ao mundo da ditadura socialista já em curso.
Parece que a única esperança é os EUA se aliarem à Colômbia para tirar a ponta-pés Maduro, todo o Parlamento e instaurar um governo de transição, até que TODA A CLASSE POLÍTICA ATUAL seja renovada. Nem considerei o Brasil, porque mal damos conta do Rio. Ou é Benzetacil, ou nada.