Campos do Jordão: A mistura perfeita!

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No ano passado fui para um destino que fazia anos que gostaria de conhecer, e não me arrependi. Campos do Jordão. O que achei mais interessante é que um destino de uma “boa mistura” digamos assim, pois tem ecoturismo e aventura, cultura, e lugares agradáveis para passear e curtir a serra, ou seja, tem pra todo gosto dentro da mesma família!

Então aqui vai um pouco do que é interessante pra família toda:

Passeios com bebês e crianças pequenas

Crédito: Arquivo Pessoal – Bosque do Silêncio

Bosque do Silêncio: Você não vai ver esta opção na maior parte dos guias de viagem, mas é um simpático local bem próximo ao centro e a ducha de prata, com pequenas trilhas em meio a natureza. Dá pra fazer um passeio bem agradável com o bebê no carrinho na trilha das águas – com várias pontes entre pequenos lagos, e apreciar a natureza do local – dá até pra inventar um piquenique. Conta também com um mini golfe e um pequeno circuito de arvorismo (tem vários em Campos) que dá para as crianças um pouquinho maiores já participarem também.

Toriba: Esta é uma opção de hospedagem, daquelas que conta com sítio, piscinas, parquinho e natureza com brincadeira, além de tranquilidade, chá da tarde e clima bem familiar. Se estiver dentro do orçamento e o foco da viagem não for ficar tanto pra lá e pra cá, aproveite!

Teleférico do Morro do Elefante: Eu adorei o teleférico de cadeirinhas coloridas, e apesar delas serem individuais, crianças bebês e pequenas podem se sentar no colo dos pais e fazer este passeio super gostoso. Apenas não recomendo se você tiver uma criança agitada demais e não quiser ficar sentada, porque pode ser perigoso, mas vi muitos pequenininhos apreciando o passeio e a vista e curtindo muito. E claro, do alto você verá toda a linda Campos do Jordão, é o ponto mais fácil ser visitado, está coração da cidade. Bem pertinho dele, umas 2 quadras na avenida rente ao rio, tem um pequeno complexo de mini golfe infantil, aproveita e dá um pulo lá! Há uma taxa por pessoa e as cadeirinhas são individuais.

Crianças mais velhas e adolescentes

Horto Florestal: É um grande centro de natureza com espaço pra fazer muita coisa. O parque tem 4 trilhas de dificuldades variadas, e um espaço muito amplo para prática de atividades ao ar livre. A trilha mais conhecida leva à uma pequena cachoeira e área de rio no fim (pequena mesmo, mas um local bem simpático). Dá pra fazer caminhada, muita gente também aproveita pra andar de bicicleta e tem arvorismo também. Cobra-se uma taxa por pessoa,  tem como estacionar lá dentro, e passe pelo menos meio dia lá pra aproveitar o espaço. Atenção: fecha mais cedo que qualquer outro atrativo, 16h30 ninguém mais entra no parque!

Crédito: Arquivo Pessoal – Pedra do Baú

Pedra do Baú: Para quem gosta de passar um tempo na natureza, esse é o lugar. É o local mais distante do centro e fica na realidade já na divisa com o município vizinho, e exige bastante caminhada. Paga-se apenas a entrada do carro e possui 3 opções de passeio: uma subida que dura cerca de 30 min té o mirante com a vista da região, que já é muito linda e para idosos e família com crianças de colo, é liberado ir de carro; um acesso ao Bauzinho, a pedra menor e que dá 1h de caminhada, e a pedra do Baú mesmo pra quem estiver bem animado: são 4 horas, e vi gente inclusive com equipamento de escalada. Aí você escolhe sua opção e aproveita o que for!

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Tarundu: Se decidir conhecer esse complexo, então acrescente um dia na sua viagem só pra curti-lo, porque tem muita coisa pra fazer. Escalada, equitação, tirolesa, mini golfe, orbit ball, patinação, e por aí vai, ou seja, muita diversão pra família toda.

Adultos

Crédito: Arquivo Pessoal – Amantikir

Amantikir: Este lugar inspira romantismo. Trata-se de um parque de jardins, dos mais diversos tipos. Há flores de climas diferentes, tipos exóticos, formatos interessantes e inspirados em países também. Rende fotos bacanas, como em uma moldura gigante que tem no local, e até uma boa diversão, como em um labirinto verde que vale entrar. Dá um ótimo programa pra família toda, mas é perfeito para os casais em lua de mel. Não é tão barato, mas vale visitar sim, e tem desconto para grupos, faixas etárias especiais e algumas pousadas e hotéis parceiros. A sinalização até ele não a melhor, mas é na mesma estrada ao Tarundu e a fazenda Lenz, é só ir um pouco mais à frente que você chega lá.

Museu Felicia Leirner: Este museu é bem interessante, totalmente dedicado à arte da polonesa Felícia Leirner. Ele é todo a céu aberto e você pode dar uma volta inteira nele que é bem agradável, além de ver todas as fases e tipos de escultura que a artista produziu em toda sua vida.

Crédito: Arquivo Pessoal – Museu Felícia Leirner

Quando digo uma volta, é literalmente você contornar a área do museu, que onde estão dispostas todas as obras, sendo a região central mais alta, com uma bonita vista da região e inclusive com a Pedra do Baú ao fundo (eu tive azar, cheguei e a neblina já tinha chegado junto). Também é possível visitar a área do auditório, e inclusive você pode visitar em um dia de concerto, quem com certeza é um grande programa e sempre há programação. A visitação neste local é gratuita.

Palácio Boa Vista: É a residência oficial de inverno do governador do estado de São Paulo, mas pode ser visitada pelo público. Em dias de estadia do governador eles permitem visitar uma área menor de salões, mas quando não há nenhum representante do governo no local, é possível conhecer mais local, incluindo quartos de hóspedes. O Palácio não é grande, a visita é bem curtinha, mas há quadros de artistas brasileiros importantes – como Di Cavalcanti e Anita Malfatti – e vários elementos de arte e cultura bacanas de se conhecer. Fica ao lado do Museu Felícia Leirner, é gratuito, e vale fazer os dois juntos, apenas fique atento aos horários.

Vila Capivari: É o coração de Campos do Jordão e onde tudo acontece. Lojas, restaurantes, lembranças e todo o charme das casas germânicas estão ali. Ali também está a Concha Acústica, que durante o festival de inverno, é o local que abriga as apresentações e programação do evento. Parte boa: diferentes de muitos centrinhos que fecham no fim da tarde ou no começo da noite, Campos vai mais longe: mesmo o comércio e várias lojas ficam abertas até 1h da manhã!

Dicas Gerais:

* Dá pra conhecer bastante coisa em 1 final de semana sim, mas acredito que 3-4 dias é o ideal (fora o tempo que você vai ficar em hotel, caso opte por algum complexo maior -como o Tarundu – e queira aproveitar mais a hospedagem).

* Para quem vai de avião, a melhor opção é ir até o Aeroporto de Guarulhos/SP e de lá alugar um carro para ir à Campos, são cerca 130km até a cidade, em estrada com pedágios. Nas proximidades você já vai poder apreciar as lindas paisagens de serra até chegar ao destino.

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* Os principais atrativos pra visitar em Campos, se você olhar no mapa, fica um pra cada lado da cidade, de 5 à 15km em média do centro (exceção da Pedra do Baú que são 25km já município vizinho). Então faça um roteiro pra não ter tantas idas e vindas, ou seja, se for para um lado, faça tudo o que tive pra lá pra não precisar retornar. Nesse ponto, estar de carro é excelente para circular com facilidade por tudo. E lembre-se que na serra a neblina é companheira constante e costuma aparecer na metade da tarde. Por isso, quaisquer atrações de picos e morros pra ver a vista devem ser feitas pela manhã, no máximo início da tarde, caso contrário não vai dar pra enxergar nada!

* A hospedagem tem em todos os cantos pra onde vão atrativos, de todas as opções: de pequenas e charmosas pousadas à hotéis luxuosos. Depende de seu objetivos, mas eu recomendo ficar o mais próximo do centro possível, porque, como recomendo o carro como melhor opção, se você ficar longe terá que pagar estacionamento todas as noites e vezes que for curtir a área central (ou se prepare pra isso). Fique esperto que no centro é necessário usar cartão de estacionamento da prefeitura, inclusive em finais de semana e feriados (faz todo o sentido sendo um lugar turístico).

* Como tem bastante atrativos naturais, e toda cidade serrana tem altos e baixos geográficos, conforto é necessário durante o dia. Leve mochilas, calçados e roupas para andar bastante. A noite você pode aproveitar pra usar algo bacana para os restaurantes, barzinhos e uma volta na vila.

* No quesito compras, há muitas lojas de chocolates, e você pode provar o sabor de todas elas. Minhas favoritas foram a Liège e Sabor Chocolate, mas você pode chegar a sua própria conclusão provando as deliciosas gotinhas que todas oferecem na porta. Tudo fica no centrinho de lá. Aproveite também pra provar o pinhão, que é tipico apenas no sul do Brasil e tem em Campos também, inclusive em uma versão em conserva bem interessante que eu não conhecia (sempre comi cozido ou vindo da chapa). Há também bastante opções em malhas e roupas de inverno, com várias lojas na Vila Capivari e também um bom centro de lojas e lembranças de viagem na Ducha de Prata, que é bem pertinho pra ir também.

Crédito: Arquivo Pessoal – Prato Alemão do Baden Baden

* Sobre alimentação, há 2 tipos de refeições principais servidas na maior parte do restaurantes: Truta e Fondue. Tem muitas opções com esses pratos, sendo a truta mais comum para o almoço e a sequência de fondue para o jantar, sempre com música ao vivo na maior parte dos estabelecimentos. Claro que há lanchonetes e opções mais simples daquelas coringas, mas acho que pelo menos um fondue de chocolate dá pra galera toda se deliciar no fim das contas! E claro, não dá pra deixar de conhecer o restaurante mais badalado de todos: Baden Baden. Aos amantes da cerveja artesanal, tem várias opções, além da fábrica que pode ser visitada e fica ali pertinho. Mas mesmo se você não bebe – meu caso – eles servem uma comida alemã divina. O prato principal da casa – com eisben, bistecas, batatas, chucrutes e salsichas variadas – é bem grande, e vale pedir, só não comi mais porque não consegui mesmo!

Se quiser mais dicas específicas, deixa seu comentário, mas não deixa de ir pra lá!

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Bom passeio!