Olá pessoal, tudo bem com vocês? Hoje aqui no blog, falo sobre volta ao trabalho após a licença maternidade.
Quem é mãe e profissional já sabe: voltar ao trabalho depois de passar quatro/seis meses grudados com o bebê é de doer o coração. Algumas empresas liberam o retorno da mãe após os seis meses, mas não dá para postergar muito o retorno às atividades profissionais. Junto com a volta ao trabalho, inúmeras dúvidas surgem para a mãe de primeira viagem: o que fazer com o leite que continua sendo produzido na mama? Vou conseguir voltar ao ritmo de trabalho de antes? Meu bebê vai sentir minha falta? Antes de ouvir a resposta dos especialistas para essas e outras perguntas, uma coisa é certa: você e o seu bebê vão sobreviver! Confira abaixo as dicas:
Preparação para a volta ao trabalho começa na gravidez.
Está grávida ou pensa em engravidar? A preparação para a volta ao trabalho começa desde agora, mudando sua rotina dentro da empresa. A mãe já deve pensar na ideia de estar, daqui a um ano, em um cargo que tenha funções mais flexíveis, dentro do possível. Algumas melhorias, mesmo difíceis, podem ser planejadas, como a redução das distâncias entre a creche, o trabalho e a casa, e até a redução do número de viagens, dependendo do cargo da mãe. Há um grande problema nesse retorno às funções porque muitas empresas não são flexíveis com a mulher, achando que ela já tem que estar preparada para todas as atribuições de antes, e isso não acontece. Normalmente, é depois que a criança completa um ano de idade que tanto a mãe como a criança estarão plenamente adaptadas à nova rotina. Um ano é o tempo básico de completa adaptação, é quando começa a tranquilidade. O filho já está tendo contato com outros alimentos e já está começando a andar. A mãe começa a perceber que o bebê já está mais independente e isso faz com que ela volte à rotina de antes. Lembrando que roda regra tem sua exceção.
A amamentação
A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que a criança seja alimentada exclusivamente por leite materno até os seis meses de vida. Como a volta da mãe ao trabalho se dá antes desse período – a legislação permite que a mãe fique em casa até os seis meses mas a liberação é facultativa em cada empresa – a mulher ainda está no período de amamentação quando retorna ao papel de profissional. É recomendado que a mulher tire um tempo durante o expediente para retirar o leite com bombinha extratora. A mulher deve alimentar o bebê no seio antes e após o trabalho, mas deve usar a bombinha para retirar o leite excedente e levar para a casa. A retirada deve ser em condições adequadas de higiene e assepsia, sempre tendo muito cuidado com a validade do leite. Sob refrigeração, o leite materno tem validade de 24 horas, e enquanto congelado o prazo se estende para quatro ou cinco dias.
Planejamento e praticidade fazem diferença
É durante o convívio com a criança que a mãe se prepara – e o bebê também – para a volta da mulher profissional. Uma das escolhas mais importantes é definir com quem a criança vai ficar. Normalmente, uma pessoa da família transmite mais segurança e tranquilidade para a mãe. Dai a dúvida na escolha de contratar uma babá ou colocar na escolinha. (Socorro, #duvidacruel).
Babá
A babá tem muitas vantagens (e desvantagens), se formos comparar os dois métodos.
Conheça algumas delas:
Vantagens
Escolher uma profissional para tomar conta do seu filho pode trazer certos benefícios acerca da educação, pois você consegue determinar que tipo de programa ele deve assistir, com que tipo de informação deve ter contato e outros pontos.
Além disso, caso você não esteja gostando da babá, você pode dispensá-la e optar pela contratação de outra pessoa.
Ela pode cuidar do seu filho como você mesma faria, mas tudo depende de se ela é de confiança. Portanto, procure por indicações de amigas e conhecidas e fique tranquila nesse aspecto. Assim, você não fica preocupada sobre o tratamento que seu filho está recebendo e fica na segurança que ele recebe uma atenção exclusiva.
Muitas mães ficam preocupadas se a criança será devidamente estimulada ao desenvolvimento. Quando a criança fica com a babá, ela também desenvolve pontos como raciocínio, criatividade e independência.
Desvantagens
Se a babá precisa faltar ou ainda está em casa doente, muitas mães acabam ficando na mão e sem saber o que fazer com a criança.
Em termos de gastos, ter uma babá hoje em dia pode ser incrivelmente caro. Você precisa combinar um salário (que muitas vezes é superior ao salário mínimo), vale transporte, 13º salário, férias remuneradas, etc. Tudo isso sem contar com os gastos de FGTS, horas extras e registro dela como funcionária. Vale a pena colocar no papel e ponderar. Planejamento sempre!
Escola
Assim como a babá, a escola também tem prós e contras:
Vantagens
As escolas contam com profissionais altamente treinados e capacitados. Logo, fica mais fácil fazer com que seu filho receba o estímulo correto para a faixa etária que está.
Se o horário se encaixar com o seu, essa pode ser uma ótima opção, a minha filha por exemplo desde pequena estuda em uma escola que me permite leva-lá às 07h da manhã e retira-lá até às 19h, conciliando-se com a minha agenda de trabalho consigo me programar. Então para mim a opção da escola foi excelente.
Desvantagens
Existe uma chance maior de a criança contrair determinadas viroses ou outros tipos de contaminação. O contágio acontece com mais facilidade e se alastra entre os amiguinhos rapidamente.
As escolas de hoje em dia também podem se revelar bem caras. Tudo isso sem contar com outros gastos, como material escolar, uniforme, alimentação (se ela não estiver incluída na mensalidade), transporte e a necessidade de atividades extras quando a escola não funciona, como férias e feriados prolongados.
E aí? Escola ou Babá?
Como dissemos, as duas escolhas têm prós e contras. A vantagem é que essa não é uma decisão definitiva. Você pode testar e ver qual dos dois modelos se adapta melhor à sua realidade hoje.
Considere hoje qual é a rotina da sua família, a remuneração mensal e se seu filho consegue se adaptar a nova situação com facilidade. Depois disso, observe se essa foi a decisão mais acertada. Caso não tenha sido, é só mudar!
Deixar o filho na escola ou babá é uma decisão difícil e que impacta muitas mães. Escolha a que se encaixa melhor para você, pois sempre digo cada um sabe o que melhor para sua familia, dentro da sua rotina.
A culpa
O mais importante na volta ao trabalho após a licença-maternidade não é a quantidade de tempo que se passa com o bebê e sim a qualidade desses momentos. Massagens, brincadeiras e conversas com o bebê são atitudes que minimizam o impacto da distância entre os dois: Tem mãe que acha que não pode conversar com o bebê porque ele não vai entender. Ele não entende, mas sente. É importante a mãe contar ao bebê que no trabalho pensou nele, sentiu saudades e que está ali de volta para ficar com ele. Converse, cante, brinque, mostre que você está ali para ele. Mães sentem culpa por deixar a criança em casa, mas acredite, a vida continua e os dois vão sobreviver. Retirar no trabalho e armazenar o leite materno tem um efeito psicológico imenso, além do físico. É um sentimento de “eu estava no meu trabalho pensando em você”. Ela sabe que o bebê está se alimentando com o leite materno, é uma sensação maravilhosa. A preocupação em não estar perto do bebê é normal, mas se a tensão não permitir acompanhar uma reunião até o fim sem achar que houve algo com a criança, a mulher precisa de uma assistência psicológica. Além da depressão pós-parto, há também a depressão pós-amamentação. Se ela não consegue se concentrar, ou chora, mesmo sabendo que a criança está bem, ela deve perceber que essa emoção está muito intensa, cuidado!
Espero ter ajudado com as dicas acima. Além disso, deixo abaixo uma breve enquete para saber a opinião das nossas leitoras sobre suas carreiras e a maternidade. Será um bom exercício para aprofundarmos o assunto em outros posts.
Até mais!!
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