Na última segunda-feira (14), Tite anunciou a lista com os convocados da seleção brasileira, para a Copa do Mundo de 2018. E a expectativa para a competição que começa daqui um mês, já aumentou bastante. Eu não entendo tanto assim de futebol, mas é inevitável não saber uma coisinha aqui e outra ali, porque os programas de televisão e noticiário ampliam a cobertura sobre o tema. Todo mundo começa a ser um pouco técnico e o verde e amarelo vai ganhando as ruas.
Mas além disso tudo, tem algo que eu sempre achei sensacional nas Copas: as mascotes. Foi no campeonato de 1966 que elas começaram a aparecer com a intenção de divulgar o evento de um jeito divertido e até mesmo informativo. Por isso, é comum que eles venham com alguma característica da cultura do país-sede.
Então, se você tem mais de 50 anos vai poder relembrar todos eles e, se é mais novo, poderá conhecer alguns e recordar outros.
Inglaterra 1966 – Willie: o primeiro de todas as mascotes das Copas é um leão e veste uma camisa com a Union Flag e as palavras World Cup inscritas. O leão é um símbolo típico do Reino Unido.
México 1970 – Juanito: de sombrero e vestindo o uniforme da seleção mexicana, Juanito foi a primeira figura humana a ser usada como mascote (também só teve mais um, né…hehe). E Juanito foi um grande sucesso, porque a Copa de 70 foi a primeira a ser transmitida para todo o mundo.
Alemanha Ocidental 1974 – Tip & Tap: aqui não era um, mas dois mascotes que simbolizavam a união das duas Alemanhas, que naquela época eram separadas pelo muro de Berlim. Os dois meninos vestiam camisas brancas e em uma delas estavam as letras WM – as iniciais de Copa do Mundo em alemão -, e na do outra o ano em que o campeonato estava acontecendo.
Argentina 1978 – Gauchito: mais um menininho e desta vez ele vinha com um chapéu típico deles, que é parecido com os que os gaúchos brasileiros usam. Parece que na época os argentinos não gostaram muito, porque a ideia era muito parecida com aquela usada no México.
Espanha 1982 – Naranjito: foi a primeira vez que um alimento serviu de inspiração para a criação de uma mascote de Copa do Mundo. De semelhança com as anteriores, Naranjito tem a bola de futebol que carrega assim como Gauchito, Tip & Tap e Juanito. E essa fruta foi escolhida especificamente porque é típica da comunidade Valenciana e Andaluzia. Parece que o sucesso dela foi tanta, que a mascote ganhou um programa de tevê chamado “Futbol em Acción”.
México 1986 – Pique: apesar de sediar novamente a competição, a mascote não foi a mesma. Desta vez, os mexicanos quiseram acompanhar o país-sede anterior e usaram um alimento típico para simbolizar a Copa do Mundo. Pique era uma pimenta jalapeño. Usando uniforme com as cores da bandeira local, Pique usa sombreiro e bigode.
Itália 1990 – Ciao: eis uma mascote bem diferente do que até então se via. Ciao era bem moderna e vinha com as cores da bandeira italiana: verde, vermelho e branco, com uma cabeça de bola de futebol.
Estados Unidos 1994 – Striker: deste em diante são os que eu lembro e é também a primeira Copa do Mundo de que tenho alguma recordação. Foi o ano em que meu irmão do meio nasceu e lembro que assisti alguns jogos na casa de madeira da minha avó materna. Enfim. A mascote aqui era um simpático cachorrinho, que foi escolhida porque era um dos animais de estimação mais populares no país. E isso foi pensado para atrair o público para o esporte nem tão comum por lá. Striker vinha com uma bola de futebol também, e usava as cores da bandeira americana.
França 1998 – Footix: um dos símbolos da França, o galo foi escolhido como a mascote daquela Copa. O nome Footix é uma mistura entre as palavras “football” e “Asterix”, que é um dos personagens mais famosos no país. A escolha dessa mascote foi feita por meio de um concurso e assim como quase todas as outras, Footix traz uma bola de futebol consigo. Ah! A cor azul é igual à cor do uniforme da seleção de futebol.
Coreia do Sul e Japão 2002 – Kaz, Ato e Nik: a única Copa do Mundo sediada em dois países também é a única com três mascotes. Já que a competição estava acontecendo nos lugares mais cheios de tecnologia em todo o mundo, as mascotes tinham que fazer uma boa representação dessa característica. Até a bola de futebol deles era futurística.
Alemanha 2006 – Goleo IV: um leão volta a ser símbolo da Copa do Mundo. Só que desta vez, ao invés de um desenho, como o usado pelos ingleses, os alemães optaram por um animal de pelúcia! O nome é a junção de Gol e Leo (leão em latim). Ele também traz uma bola, mas desta vez ela era falante! E tinha um nome também: Pille.
África do Sul 2010 – Zakumi: na primeira Copa realizada em um país africano a mascote, um leopardo, já vinha com data de nascimento: 16 de junho de 1994, dia em que a África do Sul se tornou república democrática. Jovem, a mascote simboliza a ainda nova democracia local. E seu nome também carrega um significado. É que ZA, quer dizer África do Sul e Kumi, significa 10 que é o ano daquele campeonato.
Brasil 2014 – Fuleco: ah…o Fuleco. Esse nome rendeu bastante zoação. HAHAHA! O tatu-bola teve seu nome escolhido por meio de votação, com o nome anunciado no Fantástico! A ideia foi misturar duas palavras que representassem o nosso país: futebol e ecologia. A nossa mascote também tinha data de nascimento, que era 1º de janeiro de 2000, e ele vinha do Nordeste.
Rússia 2018 – Zabivaka: a mascote desta Copa do Mundo é um lobo siberiano e que foi escolhido por meio de uma votação. A disputa era entre um o lobo, um gato e um tigre. O nome, Zabivaka, quer dizer “aquele que marca o gol e o lobo vem vestido com uniforme de futebol nas cores vermelho, branco e azul, com a inscrição Rússia 2018. Ah! E, claro, uma bola o acompanha.