Quando nasce uma criança, nasce também uma mãe e um pai. Tudo o que vem a partir do nascimento e o que os pais vão aprendendo, junto com a criança, irá contribuir para a formação do pequeno como ser humano.
Os pais precisam pensar juntos nas habilidades que essa criança irá desenvolver. E, quando digo isso, não me refiro apenas aquelas competências intelectuais ou esportivas. Falo sobre as habilidades de vida: empatia, solidariedade, resiliência, perdão e paciência. Essas qualidades podem ser ensinadas ao nossos filhos no dia a dia, no decorrer de sua existência.
Refletir sobre as estratégias que levarão as crianças a possuir essas habilidades é importante. Como psicopedagoga tenho visto muitos pais preocupados com resultados nas questões cognitivas e pedagógicas e poucos pensando em formar um indivíduo, no verdadeiro sentido da palavra.
Precisamos tornar nossas crianças mais capazes de viver em sociedade, mais humanas, mais sensíveis em relação ao outro. É necessário que elas aprendam como trabalhar seus conflitos, que elas usem o diálogo para resolver seus problemas, sejam empáticas e proativas com seus semelhantes. Essa é a maior herança que uma família pode deixar para os pequenos.
Todas as pessoas que convivem com essa criança precisam ser capazes de repassar esses valores porque habilidades de vida são o maior bem que um ser humano possui. De nada adianta ser pós-graduado, mestre ou doutor se é arrogante e mal aceito pelos outros. É importante pensar nisso e rever conceitos.
Se você – pai e mãe – tem uma crença, transmita-a para seus filhos. Tudo o que damos ao Universo, ele devolve a nós. É importante que a criança veja que aquilo que você pensa é coerente com o que você diz e faz. Ao desenvolver a empatia, aprendemos o valor da gratidão e do amor abrindo espaço para que o outro retribua na mesma moeda.