A síndrome da culpa tem assolado a educação em nosso país. Atenção, falo aqui sobre os valores e princípios recebidos em casa, de nossos pais, familiares e responsáveis. Em virtude da vida corrida e agitada, muitos pais acabam cedendo às vontades e desejos dos filhos. Contudo, é necessário muito cuidado ao agir dessa maneira, pois essa falsa ideia de compensação pode transformá-los em jovens egocêntricos e manipuladores.
Comportamentos agressivos e egoístas não podem ser justificados pela falta de tempo, dinheiro, diálogo ou paciência dos genitores. É preciso estabelecer limites, impor regras.
A ausência de habilidade dos pequenos em perceber-se como parte integrante de um todo vem desenhando um futuro desolador, de uma geração de seres humanos criados e educados para viver apenas as próprias necessidades.
É como se o mundo estivesse a seu serviço e a obrigação de resolver tudo fosse dos outros. Quanto antes as crianças aprenderem que a responsabilidade de viver e ser feliz precisa partir de si próprias, melhor será seu envolvimento com a sociedade de um modo geral.
A educação que nossas crianças recebem atualmente com certeza é muito diferente daquela recebida por nossos pais. Hoje em dia, há espaço para diálogo e negociação enquanto que naquela época respondia-se apenas com ‘sim senhor’ e não senhor’. Os tempos são outros, claro, e nós precisamos nos adequar a isso.
Mais importante do que muitas horas junto da criança é a qualidade do tempo que se passa com ela. Ao chegar em casa do trabalho, dedique alguns momentos para realmente estar presente com seu filho. Brinque, se divirta, ensine-o a fazer um lanche ou organizem juntos o jantar.
São esses momentos que irão perpetuar-se em sua memória e lhe auxiliar quando precisar tomar uma decisão. É pais, sei que nem sempre será fácil encontrar tempo para satisfazer todo o pique que a criançada possui, mas ver a felicidade estampada naqueles rostinhos lindos é algo impagável e vale cada esforço do nosso dia.