Para colher, é preciso plantar: este ditado da agricultura é perfeitamente possível de ser usado também na educação.
Quando pensamos na educação dos nossos filhos, e na parceria feita com a escola, temos condições de imaginar todo o processo como um plantio.
Por exemplo, é preciso ensinar a boa alimentação desde a tenra idade, o que requer um trabalho extremo, continuo e disciplinado. Mas os frutos a serem colhidos são a formação de um ser humano que saberá a forma mais saudável de se alimentar.
A mesma coisa em relação aos bons hábitos à mesa, tarefa que leva paciência, tempo, disposição, bom exemplo e diálogo tanto dos pais, quanto dos educadores. Quando adulto, certamente vai saber se portar em qualquer refeição e ambiente, comendo com moderação e elegância. E assim por diante em outras áreas da vida.
Vivemos numa era em que tudo funciona com um “clique”, com a sensação de que tudo pode ser ligado e desligado como um interruptor. Nesse ponto, falhamos em demasia com nossos filhos e alunos, pois acreditamos que ensinar uma vez será o suficiente. Não percebemos que educar exige persistência, perseverança, otimismo e muito afeto.
Educar é um processo contínuo. É ter o modelo do adulto como referência da criança. E, verdadeiramente, podemos dizer que a sociedade adulta de hoje está deixando a desejar quando o assunto é ser inspiração em comportamento, tolerância e disciplina.
Temos que ter claramente a convicção de que, se plantamos laranjas, vamos colher laranjas: na educação é igual. Se a impaciência e falta de tempo imperarem neste processo, a colheita será ruim.
Uma criança necessita de referência, do nosso tempo e de nossos ensinamentos. Assim, ele e ela serão o que nós adultos fizermos deles.