O nascimento de uma criança é sempre sinônimo de alegria e esperança. No entanto, é necessário cautela ao falar sobre esse acontecimento com o filho mais velho. Os pais precisam estar atentos ao fato de que a chegada de uma nova criança ao lar pode causar uma certa insegurança no primogênito.
Esse é um momento delicado que exige dos pais muita resiliência, firmeza, afetividade e percepção do outro. É quando a empatia com os filhos precisa ser exercitada de maneira inteligente e perspicaz.
É normal que o primogênito pense que perdeu seu reinado após o nascimento do segundo filho, afinal, até a pouco tempo ele era o único a ter a atenção da família. Esse segundo príncipe/princesa pode ser visto como alguém que irá tomar seu espaço em uma cadeira que até então era exclusiva. Se não houver discernimento e diálogo, a situação pode se tornar complexa e sofrida, chegando a comprometer a harmonia e leveza do lar.
Existem alguns pontos que podem ser transformadores nessa reorganização familiar e que ajudarão a projetar no ambiente um sentimento de adaptação e felicidade, confira:
- Explique ao filho mais velho que esse não é um evento excepcional, é um acontecimento normal que ocorre nas famílias;
- Organize a casa. Se até então tudo era exclusivo, a partir de agora haverá uma divisão de espaços;
- Ao anunciar a gravidez para o restante dos familiares, talvez seja bom deixar o filho mais velho contar sobre a chegada do bebê;
- É importante que o primogênito participe da compra dos itens necessários da criança, isso fará com que se sinta necessário e participativo;
- Ao nascer, o bebê poderá sair do centro cirúrgico simbolizando um presente para o filho mais velho. Uma dica é que os pais escrevam uma carta que fale do amor incondicional por ele e da nova realidade que será vivida por todos;
- Lembrando que pode-se sempre procurar o auxílio psicológico no primeiro momento de rebeldia.
Além dessas dicas, é fundamental que os pais tenham em mente que o filho mais velho não amadurecerá do dia para noite. Isso faz parte de um processo maior, portanto, é necessário ter cuidado para não cobrar uma postura que não foi ensinada à criança. Como psicopedagoga posso dizer que essa fase é superada naturalmente, com diálogo, compreensão e uma dose extra de paciência.