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Lidar com perdas nunca é fácil. Seja na vida adulta ou ainda quando criança, o luto é um período muito particular e no qual estamos suscetíveis a pensamentos negativos que, em casos mais graves, levam à depressão e comportamentos nocivos.

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A morte não é simples de ser compreendida e nem de ser aceita pelas crianças. Como entender, tão cedo na vida, a efemeridade das coisas? São raros os pais que toquem no assunto antes da perda de um ente querido, na intenção de poupar os pequenos de um assunto sério ou por terem dúvida de como abordar.

O primeiro passo é desmistificar a compreensão do assunto: mesmo as crianças menores entendem o sentimento de perda, apesar da imaturidade. Privá-las do diálogo neste momento, além de estimular a internalização dos sentimentos, pode criar distúrbios de ansiedade no futuro. Na eventual morte de alguém próximo – ou até mesmo um bicho de estimação – os pequenos podem passar por cinco estágios: raiva, negação, barganha, depressão e aceitação.

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Na primeira fase, a raiva pode ser caracterizada por pesadelos, irritações com parentes e com coleguinhas na escola. É fundamental que os adultos que a cercam não confundam a criança com informações amenizadoras como “o falecido foi viajar” ou “está dormindo”. Por mais que não seja nossa intenção, isso pode intensificar o grau de confusão interno, pois cria a expectativa do retorno do falecido.

Relembrar com carinho, em vez de esquecer, ajuda a aceitar a ideia e criar um legado positivo do ente falecido. Fotos, vídeos e histórias neste momento podem ser doloridos, mas manter viva a lembrança está longe de ser algo negativo, ao contrário do que pensam alguns pais.

É comum, também, que os filhos estejam mais próximos dos pais nesse momento, justamente pelo receio de perder mais alguém. A dor é uma sensação que, apesar de infeliz, serve para ajudar do processo de amadurecimento e pode, ainda nos aproximar e reforçar os laços de amor que existem no núcleo familiar.