O crescimento necessita de experiências reais. Da mesma forma ocorre com o caráter e o amadurecimento, que dependem quase que exclusivamente dos exemplos e da bagagem cultural e moral de cada pessoa. O ser humano autônomo precisa ter um amplo cabedal de sensações que provém da aceitação até mesmo a rejeição, alegrias, tristezas e todos os sentimentos que movem a sociedade.
Desde o surgimento das redes sociais observamos as crianças e adolescentes, que já em grande parte estavam ficando trancados em seus quartos, por conta de vídeo games e jogos de computadores, agora se expondo nesses ambientes virtuais. Como a criminalidade avança a passos largos, muitos dos pais acabam preferindo que estes estejam no ambiente físico seguro dos quartos a estar fora de casa. Porém, muitas vezes é aí onde o perigo se esconde.
Vale destacar que tais ambientes virtuais são destinados às pessoas que, teoricamente, já contam com uma vida social real, e não crianças que estão ainda formando suas redes de relacionamento. Nos termos de segurança e política de utilização do Facebook e Instagram, por exemplo, eles já deixam claro que essas redes são destinadas a maiores de 18 anos, tanto que ambas anunciaram nessa semana que irão apertar a fiscalização para banir perfis que não comprovem tal característica.
Mais uma vez um papel que seria dos pais na educação dos filhos fica delegada aos administradores de redes sociais. Será que não percebem o tipo de risco que as crianças correm? Pedófilos e uma série de bandidos podem estar nesse momento coletando os hábitos e costumes das nossas crianças.
A família precisa cultivar as relações reais, ensinar os valores corretos e incentivar a participação das crianças em atividades que gerem valor para as crianças. Há diversas possibilidades que vão agregar na educação e no desenvolvimento das crianças com atividades esportivas, línguas, teatro, música entre outras atividades que podem ser feitas, muitas vezes, na própria escola que frequentam.