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No mundo animal, os filhotes só aprendem através da repetição de seus erros, sempre supervisionados pelos pais

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Nesta semana, assistimos ao lançamento do trailer em versão cinematográfica de um clássico infantil: “o Rei Leão”, de Walt Disney. A julgar pelas imagens, o longa-metragem deve ser muito fiel à animação original, que conta a história do filhote de leão Simba.

Menciono o filme porque, ao retratar um mundo animal de fantasioso, “O Rei Leão” tem em sua essência três valores morais essenciais: o respeito à família, aos exemplos dos pais e ao legado dos mais velhos. Mufasa, pai de Simba, por diversas vezes demonstra de forma prática a importância de repassar ensinamentos aos nossos herdeiros, sem nunca os envolver em uma redoma de vidro que os prive de percalços. Aprender com os nossos erros, não raro, é um dos melhores ensinamentos que se pode ter.

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Atualmente, no entanto, vemos o contrário acontecer. Seja por falta de exemplo no lar ou por uma superproteção excessiva, nossos jovens têm vivido uma vida em que tudo soa artificial e conquistado de forma fácil; não existe aprendizado quando facilitamos o caminho deles, sem demonstrar que os objetivos na vida são alcançados através do merecimento e dedicação.

Isso, aliás, é essencial para a criação de uma mentalidade determinada no jovem. Se criado de uma forma que os pais sejam sempre os facilitadores para alcançar seus objetivos, jamais irão atingir seu potencial pleno. Afinal, não foram criados para serem independentes de seus mentores em nenhum momento. Consequentemente, em qualquer situação de conflito no futuro irão recorrer ao método mais fácil. A questão é que, como bem sabem os mais velhos, nem sempre eles existem.

Ensinar de forma prática e por meio do exemplo deve ser uma meta de todos os pais da atual geração. O respeito, inclusive, se constrói a partir do olhar dos filhos de que as pessoas conquistaram tudo por mérito e não por mero acaso. Essa visão, quando não desenvolvida, cria uma visão utópica para os pequenos de que não há desafios no mundo e que sempre haverá facilitadores para desobstruir quaisquer dificuldades que venham a aparecer.

Não existe uma idade para começar a aconselhar com o exemplo. Desde a primeira infância, as crianças observam seus pais como se estivessem olhando um espelho. Outro fator importante é os mais velhos estarem conscientes dos bons e maus exemplos: por estarem sendo observados pelos filhos o tempo todo, podem repassar a eles atitudes que reprovam em si mesmos.