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Nós, adultos, que estamos hoje na faixa dos 50 a 60 anos, nos deparamos com essa geração mais nova, dos que estão entre os 15 e 20 anos, e percebemos que algo está muito diferente. Somos de um tempo em que respeitar os mais velhos era um fato consumado, não havia discussão. Em que cumprimentar as pessoas era obrigatório, e deixar os mais velhos se servirem antes a mesa, um ato de respeito. Nesse tempo, a gentileza e os bons modos se faziam presente.

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Hoje, pouco se vê nesse sentido. O cumprimento entre as pessoas não ocorre sequer entre olhares, quem dirá um “bom dia” entusiasmado.

Durante as refeições, tornou-se obrigatório a criança ser servida primeiro e comer antes de todos, sendo ela a prioridade.

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Estamos com essa nova geração em nossas mãos, que não foi e não está sendo preparada para enfrentar as adversidades da vida – ou lidar com as frustrações dos desejos não atendidos.

Por consequência, vemos jovens desestabilizados emocionalmente que, ao se deparar com qualquer fato ou vivência contrária, não conseguem se encontrar. Deixam as angustias e frustrações interferirem em suas decisões, tirando o que é essencial para a vida.

Quando nos deparamos com reportagens sobre o crescimento dos casos de suicídio entre jovens, nos questionamos os porquês. Avaliar nossa sociedade se faz necessário, estamos educando para a não resistência, para a incapacidade do arbitrário, para uma formação vazia de conceitos, que fazem muita diferença na vida futura.

Conceber que uma criança deva ser o centro das atenções é razoável, na medida em que a necessidade seja priorizada. Por exemplo, um pequeno no processo de controle dos esfíncteres poderá não esperar na fila do banheiro, mas já uma criança com esse processo estabelecido precisa, sim, ficar na fila. Ela não é prioridade só por ser criança.

Esse conceito precisa ser pensado em nosso país, pois as gerações futuras estão sendo destruídas por conta do nosso comportamento frouxo perante a educação atual.

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Neste cenário, torna-se primordial que a educação venha de dentro de casa: ela não é estruturada na escola. A educação vem no cerne da criança, desenhada pela primeira vivência que é a família. Na escola, a criança e o jovem põem em prática tudo o que aprenderam. Portanto, culpar a escola é no mínimo precipitado e imprudente.