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Há diversos motivos pelos quais uma pessoa – mesmo ciente dos desafios – responde a um chamado pela vocação. Os que vivenciam a carreira de professor atestam, quando cercados de dificuldades: fariam tudo da mesma forma, apenas pela paixão de ensinar. Neste 15 de outubro, há os que reflitam pesarosamente e os que enxerguem com otimismo o futuro, mesmo diante dos desafios que nos são impostos há décadas no país.

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A construção do futuro de um Brasil melhor tem uma fundação, como sabemos, que é a Educação. De qualidade, então, acelera ainda mais o desenvolvimento e dá condições de igualdade intelectual aos menos favorecidos; quantas histórias inspiradoras lemos, ouvimos ou assistimos nos últimos anos, de pessoas de classes baixas que, por meio do estudo, puderam ascender socialmente? Mais que o aspecto financeiro, o conhecimento é essencial para o amadurecimento e cidadania dos indivíduos que formam este grandioso país.

Há, ressalto, uma tendência entre alguns profissionais de preferir ver o copo metade vazio. Não há porquê, é claro, em ser ufanista ou, mediante poucos sinais, acreditar no melhor sempre. A realidade do professor é lidar com situações pouco ideias muitas vezes – principalmente na escola pública, sabemos bem – mas qual o propósito de viver frustrado e passar isso para dezenos de alunos? Somos responsáveis por influenciar e inspirar milhares todos os anos e, sabendo disso, deveríamos nos cercar de coisas boas. O mestre é o receptáculo da sociedade para as crianças e jovens em formação.

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A efervescência cultural que ocorreu nas últimas décadas não passou incólume ao professor. Agora ele é multimídia, dedicado, home office, blogueiro… o que não somos, porém nos é impostos por muitos pais, é formadores de caráter. Ao mestre cabe, sim, gerar empatia, curiosidade e incitar o pensamento crítico e criativo entre os seus; o que não nos é responsabilidade, porém, é consertar ou desestimular comportamentos que, muitas vezes, vêm do próprio lar em que aquele jovem reside.

Neste Dia do Professor, chamo estes profissionais à reflexão. Que saibamos o momento ideal de aplicar nossas correntes filosóficas prediletas, a metodologia de ensino matemático ideal e as influências pedagógicas mais condizentes com o que acreditamos. Mas deixemos, sempre, fluir o livre pensamento e conclusões individuais dos nossos jovens. Que o futuro seja otimista e, jamais, nos tornemos uma sombra do que éramos ao iniciar nossa trajetória.