Nenhum outro país celebra o 15 de outubro como Dia do Professor. Mundialmente estabelecida como 5 de outubro, a data foi definida no Brasil por um decreto de D. Pedro I em 1827, como forma de estabelecer os preceitos básicos do ensino elementar no país. Assim, esta é uma data que já traz na sua essência uma reflexão: a luta pelos direitos assegurados na Educação.
Nunca foi e – e nunca será – fácil lecionar no Brasil. Quase 200 anos após a lei, os professores de hoje em dia ainda sofrem com questões como falta de reconhecimento e importância profissional, além, é claro, de uma constante sensação familiar de que o professor é responsável por, agora, criar as crianças.
Isso, aliás, faz parte da trajetória do professor brasileiro: ser confundido com um servidor que deve resolver todos os problemas da sociedade, de certa forma. Não é bem o caso, mas é fato o quanto a Educação se faz importante para nos desenvolvermos
Ao professor, ainda resta a visão romântica da profissão perante os desafios do cotidiano: escolher o ofício requer sacrifícios, dedicação e a incerteza sobre o futuro, uma vez que vivemos à mercê de decisões governamentais e revisões sobre as grades curriculares.
Faço aqui um parêntese, no entanto, sobre o ímpeto e vocação dos profissionais que persistem em lecionar, mesmo diante desses cenários. Há milhões de jovens à espera de um professor dedicado que os guie, oriente e lhes diga como o futuro pode ser. Nas salas de aula, há espaço de sobra para mestres apaixonados pelo que fazem, de forma imparcial e pensando sempre no melhor daqueles que estão ali para aprender.
Que este Dia do Professor sirva como um alento para dias melhores, mas também para nos lembrar a importância de sempre estarmos motivados a dar o melhor de nós, para garantir que nosso país e nossas crianças sempre aprendam da melhor maneira. Que nos mantenhamos atualizados às tendências na nossa área, assim como tratemos a pedagogia de forma valiosa e essencial em nossas aulas.