São tantas as adversidades nos relacionamentos que, muitas vezes, podemos concluir que os adultos estão saindo de seu centramento.
Nesse papel de ser o adulto da relação, são inúmeras as situações vividas no dia a dia que refletem significativamente no comportamento das nossas crianças.
Dessa forma, é inevitável a conclusão de que os adultos estão doentes emocionalmente e estão adormecendo nossa juventude.
Neste mundo que o “ter” se sobrepõe ao “ser”, incansavelmente tentamos levar ao adulto a concepção de que o “ser” é mais valioso. Mas é simplesmente negada está verdade.
Os adultos compõe hoje o grande insucesso em nossa comunidade infantil, pois depositam nas crianças seus sonhos e anseios. Cobram dos filhos resultados que nunca obtiveram, sem ter a sensibilidade de avaliar a criança em sua essência, em suas habilidades e competências.
Cobramos resultados que muitas vezes nunca serão usados em vida adulta. Cobramos nota, conhecimento severo em áreas que jamais serão efetivadas.
O que verdadeiramente vale a pena?
Quando tratamos de resignificar nossos conceitos, a cultura brasileira costuma validar o resultado de avaliações, e não de contextos maiores.
Quantos adultos de sucesso conhecemos que sofreram com cobranças inócuas provindas das famílias? Quantos médicos que quiseram ser engenheiros? Quantos engenheiros que sonharam ser médicos? E assim por diante.
Em se tratando de educação, é importante estruturar onde queremos chegar com cobranças descabidas em resultados. Relacionar-se com qualidade se faz mais valioso do que um currículo regado de excelentes notas.
Sigo esse raciocínio não para desvalidar as notas e avaliações, mas para maximizar a ideia de que nossas atitudes de ser humano do bem, empático e harmonioso serão de maior valia para a felicidade das nossa crianças e um mundo melhor.