Pesquisas internacionais só reforçam uma tendência nas escolas: pais e professores precisam trabalhar de forma cooperativa pelo futuro das nossas crianças
Quando foi a última vez que você perguntou a seu filho se estava tudo bem na escola? Ou a última vez que ajudou em uma lição de casa? Atitudes que podem parecer simples, mas que em meio ao cotidiano atarefado podem passar em branco com certa constância.
Pois saiba que, por mais inocente que pareçam, essa proximidade dos pais com o ambiente escolar deve se tornar cada vez mais essencial nos próximos anos: é o que diz um relatório de 2017 da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A pesquisa, aplicada a cada três anos em jovens de 15 anos de mais de 70 países, verificou que justamente os brasileiros são os que relataram maior nível de ansiedade em momentos cruciais, como provas ou exames que definirão a sua jornada acadêmica.
Isso não acontece por acaso: é notória a pressão social exercida em nosso cotidiano, vide casos como o “Baleia Azul” e agressões provenientes de bullying dentro e fora de sala de aula. As redes sociais, então, apenas potencializaram o problema: o que anos atrás poderia ser apenas uma “brincadeira pejorativa” se estende para o Facebook ou Instagram e se torna uma constante na vida do jovem que é apezinhado pelos colegas.
Nesse contexto, faz-se fundamental uma intervenção psicológica: não impositiva, claro, mas presente na vida dos filhos. Principalmente no início do ano letivo, que nos permite acompanhar de forma integral toda e qualquer alteração no dia a dia dos jovens. Os adolescentes, aliás, são os mais vulneráveis a estas questões: estamos falando de futuros adultos que crescem em meio a uma sociedade efervescente, conectada e que, não raro, exerce sobre eles um magnetismo pelo consumismo e fazer-se notado nas redes sociais.
Os jovens brasileiros, aliás, também são os que mais ficam tensos na hora de estudar. Por isso o tema central deste texto: a importância dos pais acionarem uma frente cooperativa com os professores, a fim de identificar quaisquer problemas que foquem no bem comum do estudante. Por mais clichê que soe, a verdade é que eles são o futuro. E que forma melhor de cuidar dele, senão os preparando no presente?