No contato diário com nossos filhos, alunos ou crianças de nossa convivência, nós adultos temos que ter a consciência de que nossas ações servem de bússola para os nossos pequenos. Somos sim a referência de suas atitudes, e da forma como elas reagem às variações situações que nos cercam.
Sim, somos a bússola para as crianças. Se aperceber como o adulto da relação, o mentor educacional, afetivo e limitador é fundamentalmente o nosso papel com a comunidade infantil.
Recentemente, ouvi uma palestrante dizendo que a criança faz um movimento imperceptível de cópia de modelo, exemplificando da seguinte forma: quando vamos a um jantar muito sofisticado, com diversos talheres diante de nós, sem saber como usá-los, o que fazemos? O mais comum é esperar alguém próximo de nós começar a usar, para copiar como fazer.
Com a criança é a mesma coisa: ela reproduz aquilo que os adultos de sua relação fazem. Muitas de suas vivências e comportamentos são formatados a partir do contato com este primeiro mundo e família.
Se os pais gritam ao discutir, a criança gritará com seus colegas em casa, pois para ela aquele comportamento é normal. Se os pais se agridem, ela agredirá, e assim por diante.
Dessa forma, precisamos nos reavaliar como responsáveis pela felicidade emocional dos nossos pequenos. Necessitamos nos realinhar, e pensar três vezes antes de agir perante ela.
A validação que ela está fazendo será para a vida inteira. São marcas que ela poderá guardar para sempre.
A responsabilidade da saúde emocional das crianças que convivem conosco e extremamente grande, e precisamos refletir bastante sobre este aspecto em nosso dia a dia.