Pais têm falhado ao educar os filhos dentro de casa e a maior vítima disso é o professor
Vivemos tempos em que educar os filhos se tornou uma tarefa das mais difíceis. Em meio a um mundo em constante mudança, no entanto, alguns pais pecam pelo excesso ou pela falta, colocando os pequenos em uma espécie de redoma que os impede de desenvolver uma das mais importantes qualidades: respeito.
Hoje, professores lidam em sala de aula com uma geração do “coitadismo”: crianças cuja disciplina cabe ao professor ser ensinada, mas ao mesmo tempo têm pais que criticam qualquer intervenção do mestre, ao menor sinal de reclamação. Por uma sensação de remorso ou má interpretação do ECA, criaram uma geração que tem aval para bater de frente com os adultos.
Nesse sentido, há uma mudança de hierarquia: a voz da criança sobrepõe a do mestre. A opinião do professor, não raro, é contestada pelos pais, que exigem da escola uma contrapartida educacional de valores que deve ser ensinada, também, dentro de casa.
A criança, em plena fase de desenvolvimento, espelha o mundo através da relação com os pais: se os desrespeita e não há consequência, o mesmo acontece com o professor, que se vê na sala de aula em um dilema entre ensinar ou domesticar uma sala repleta de crianças que repetem o mesmo comportamento.
Temos tempo e consciência para agir de forma diferente com o futuro das crianças. Em família, assim como em tempos mais prósperos, a visão do mestre era vista como a referência para lidar com os filhos em casa. É necessário ouvir o professor com a mesma atenção que damos aos pequenos, para compreender de forma plena a infância e ajustes que devem ser feitos.