Quando falamos de educação, pensamos sempre no ambiente escolar. Costumamos ter um pensamento tímido e desfocado, imaginando que na escola se ensina educação. Ledo engano: educação se aprende com a família. É de dentro de casa que saímos com a nossa essência de mundo e de seres humanos.
É errado pensar que é na escola que somos educados. O ambiente escolar nos ensina os conteúdos normais que o currículo têm como prioridade: ler, escrever, somar, subtrair, multiplicar, dividir, etc. Mas o que é certo e errado, ético e antiético, isso tudo vêm do cerne de cada família.
Quando pensamos em nossa essência de país, percebemos que temos uma natureza muito difícil, no sentido de permear na sociedade os conceitos do que é ético, correto e justo. Na greve que tivemos dos caminhoneiros, conseguimos com toda clareza ver do que somos feitos: nossa matéria como seres humanos. Triplicar o preço dos alimentos, dobrar o preço da gasolina, roubar gasolina das ambulâncias… Ações como essas verdadeiramente nos mostram de que essência estamos falando.
Ser correto hoje no nosso país acaba sendo visto como sinônimo de “ser idiota”. Depois de uma semana de pouco trabalho, as empresas fecharam e emendaram o feriado. Muitas escolas também fecharam. As pessoas deixam de fazer sua tarefas pois estão no “feriadão”. E o nosso país cobrando das escolas o que? Educação.
Educação é muito mais que ler e escrever. É ser ético com todos, fazer o certo sem autorregulação do outro, ser correto sem vigília.
Mas nós não conseguimos. Precisamos ter alguém, ou algum órgão, para nos regular. Não podemos fazer algo pelo outro sem ganhar algo em troca.
Essa é nossa essência: u individualismo exacerbado, um egoísmo além do normal, uma preguiça para o trabalho que chega a ser vergonhosa.
E tudo isso aprendemos em casa, com nossa família. Não culpemos a escola. Revisitemos nossa essência e avaliemos do que somos formados, aquilo que temos dentro de nós.
Enquanto quisermos levar vantagem em tudo, sem empatia nem pelos mais próximos, estaremos sempre pensando no “eu” e depois nos “outros”.
A escola precisa ser pensada como ambiente de aprendizagem. Por sua vez, a família é o cerne de nossa educação.