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No último final de semana, observei em uma viagem o comportamento de crianças e adolescentes em um hotel. A experiência gera em nós, educadores, grande desespero e preocupação.

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São desavenças e situações vistas na relação entre pais e filhos que nos deixam verdadeiramente boquiabertos.

Adultos da relação, os pais estão perdendo o mínimo de bom senso quando o quesito é limite e educação sistematizada. Ou seja, aquela educação para uma sociedade melhor.

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As incoerências, indiferenças e possibilidades negativas de educação que estão sendo formatadas nas crianças deixam claro e transparecem que as escolas – e o mundo adulto que as acolherá em poucos anos – não serão felizes em sua missão educadora.

Um exemplo: uma mãe com duas crianças, uma de quatro e outra de seis anos, com um prato de comida dando na boca dos dois filhos, com a mesma colher. É estarrecedor. A criança não possui responsabilidade e autonomia nem para comer sozinha! Parece que a mãe tira a dignidade da criança ser ela mesma.

Isso sem falar nos gritos dentro do espaço do café da manhã. Muitos adultos não percebem que, no espaço coletivo, necessitam exercitar sua autoridade e ter consciência da coletividade, de respeito ao outro que convive naquele mesmo ambiente.

Na escola, percebemos que a chegada do adulto da família em alguns casos parece “autorizar” a criança a bagunçar e começar a indisciplina. As crianças são efetivamente disciplinadas longe de seus pais, ouvem os comandos dos adultos da escola com muita obediência. Mas é só chegarem os pais e a percepção é de que “tudo podem fazer, tudo está liberado”.

Nos preocupa muito, como educadores e pedagogos, esta geração de pais que está criando filhos em um modelo de educação sem estruturas. É preciso mais consciência materna e paterna para evitar ou minimizar traumas futuros nas vidas sociais, pessoais e profissionais de seus rebentos.

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