É impressionante perceber o quanto a criança é autônoma quando seus pais não estão presentes. E como seu comportamento pode mudar longe da proteção materna e paterna.
Isso acontece tanto na escola, quanto na casa de um amigo ou em qualquer situação em que a criança esteja só. Aspectos do comportamento como a desenvoltura, a auto regulação, o lutar pelas suas necessidades nos deixa muito impressionados.
Um exemplo disso é o acantonamento que muitas escolas fazem, quando as crianças dormem fora de casa sob a supervisão dos professores. As crianças simplesmente são outras neste tipo de atividade: ficam mais desenvoltas e vivem uma sensação diferente de liberdade.
Mas por que será que a criança fica tão diferente quando está com os pais e afastada deles? Qual é o verdadeiro sentimento que essa criança transpassa ? Porque ela fica diferente?
Tenho conversado muito com as famílias sobre este tipo de assunto e vejo que nós, os adultos da relação, muitas vezes prejudicamos nossos filhos em seu crescimento como pessoa.
Não permitimos o sofrimento, não permitimos ouvir um “não”… E isso acaba gerando neles um envólucro de “não possibilidades”.
Eles não crescem, não florescem. Tudo porque ficamos agarrados a eles.
Dessa forma, é preciso refletir sobre nosso papel paterno e materno diante do desenvolvimento emocional e comportamental dos nossos pequenos.