A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, se pronunciou nesta quarta-feira (05/07) sobre o caso do bebê Charlie Gard. May disse estar “certa de que o Great Ormond Street Hospital [onde o bebê está internado] avalia e sempre irá avaliar qualquer nova oferta ou informação que possa aparecer com consideração pelo bebê desesperadamente enfermo”. Ela não se comprometeu, porém, em intervir no caso.
Quem trouxe a questão a May foi Seema Malhotra, membro do Parlamento pelo Partido Trabalhista em coligação com o Partido Cooperativo. A parlamentar, que representa a região em que vivem os pais de Charlie, Connie Yates e Chris Gard, perguntou se a primeira-ministra “faria todo o possível” para que possa ser tentado o experimento proposto por um médico norte-americano para o tratamento do bebê.
Adiado o desligamento dos aparelhos que mantêm vivo o bebê Charlie Gard
Malhotra lembrou que em três meses seria possível verificar se Charlie responderia efetivamente ao tratamento. “Entendo e aprecio completamente que qualquer pai nessas circunstâncias faria todo o possível e exploraria todas as opções por seu filho gravemente doente. Mas sei que nenhum médico gostaria de estar nessa posição terrível na qual tem que tomar decisões tão dolorosas”, disse a líder do governo britânico.
Já o ministro das relações exteriores britânico, Boris Johnson, expressou dúvidas sobre a possibilidade de Charlie tentar o tratamento experimental nos EUA. Para ele, as decisões sobre o seu tratamento cabem ao parecer de especialistas médicos, com o apoio do Judiciário.
Theresa May, a filha de pastor que se tornou primeira-ministra do Reino Unido
As declarações de May e Johnson vieram dois dias depois de o Hospital Pediátrico Bambino Gesù, em Roma, se pôr à disposição para acolher Charlie. A proposta, contudo, foi rejeitada pelo hospital britânico onde o menino está internado, sob a alegação de que “questões legais” impediriam a transferência.
Apesar da resposta, nesta terça-feira (04/07), o cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano, disse que a Santa Sé faria todo o possível para transferir o bebê para Roma. O Bambino Gesù é de propriedade do Vaticano.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também ofereceu ajuda à família de Charlie, através de sua conta no Twitter.
Com informações de The Guardian e Mirror.
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