| Foto:
O presidente da Guatemala, Otto Pérez Molina, que assumiu o governo em 2012, será premiado por seu compromisso contra o aborto. (foto: Reuters) O presidente da Guatemala, Otto Pérez Molina, que assumiu o governo em 2012, será premiado por seu compromisso contra o aborto. (foto: Reuters)

O presidente da Guatemala, Otto Pérez Molina, vai ser premiado pela ONG norte-americana Alliance Defending Freedom (ADF), em Nova York, por “honrar seu serviço e compromisso com a proteção da vida e da família”. A informação é da guatemalteca Asociación Familia Importa (AFI). Segundo a associação, a cerimônia ocorrerá no dia 19 de setembro, paralelamente às seções da Assembleia Geral das Nações Unidas. É a primeira vez que um presidente recebe esse reconhecimento.

ADF é uma organização que trabalha pelo respeito aos direitos humanos fazendo uso, principalmente, de um forte grupo de juristas. A instituição conta hoje com 2200 advogados, possui parcerias com 200 instituições em todo o mundo, além de escritórios nos Estados Unidos, México, Áustria e Índia. A ADF também é credenciada junto ao Parlamento Europeu e ao Conselho Econômico e Social das Nações Unidas.

Apesar do convite, Molina ainda não confirmou se irá pessoalmente receber o prêmio. Diante da dúvida, grupos pró-vida da Guatemala criaram um abaixo assinado online, que pretende juntar 5 mil assinaturas, no qual é feito o pedido para que Molina vá à cerimônia e dê testemunho de suas convicções.

O documento diz:

Presidente Otto Pérez Molina, os guatemaltecos se enchem de alegria ao saber que Alliance Defending Freedom reconhecerá seus serviços e compromissos com a defesa da vida e da família. Provoca-nos profundo orgulho saber que o senhor será o primeiro presidente a receber este reconhecimento.

É uma grande oportunidade para que os guatemaltecos se unam e sigam seu modo de atuar. Empresários, acadêmicos, trabalhadores, famílias inteiras, pedem que assista ao evento organizado por Alliance Defending Freedom e receba pessoalmente este reconhecimento. Sua atuação valente e decidida durante a Assembleia Geral da OEA lhe faz merecer. É um grande momento para colocar em destaque o nome da Guatemala e projetar uma imagem de respeito aos valores universais da família. (tradução livre)

 

A menção à Assembleia Geral da OEA se refere à recusa de Molina em assinar duas das convenções propostas num encontro da entidade realizado em junho, nas quais era feita a defesa da descriminalização do aborto. Posteriormente, Molina criticou publicamente as pressões estrangeiras pela legalização da prática em seu país.

Na Guatemala, além do aborto ser crime, a constituição explicita a proteção da vida humana desde a concepção como dever do estado.

***

Curta a página do Blog da Vida no Facebook.

Deixe sua opinião