Por um voto, deputados do Chile rejeitam legalização do aborto
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Por um voto de diferença, a Câmara de Deputados do Chile rejeitou a aprovação da lei que legalizaria o aborto no país. Na quarta-feira o mesmo projeto havia sido aprovado no Senado e bastava uma vitória na Câmara para seguir à garantida sanção presidencial. A surpreendente derrota imposta ao governo Bachelet – já que o governistas são maioria na casa – obriga o projeto a voltar a uma comissão mista do Congresso para ser rediscutida.

Para ser aprovado, o projeto precisava de 67 votos a favor, mas conseguiu 66. A votação ainda teve uma abstenção e 40 votos contrários ao texto. A abstenção foi do deputado governista Marcelo Chávez, do Partido Democrata Cristão, considerado o grande responsável pelo resultado.

Michelle Bachelet, uma defensora obcecada do aborto livre, queria que a aprovação do projeto fosse um legado seu ao país, já que seu impopular mandato termina em março de 2018. Ela lamentou publicamente o resultado da votação.

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Embora o projeto de lei ainda possa ser aprovado, o fato de ter de passar por uma comissão dá mais chances aos defensores da vida para derrotá-lo em definitivo. Além da disputa que ocorrerá dentro da própria comissão – ainda sem data para ser formada – um grupo de deputados pró-vida já havia acionado a suprema corte do Chile para que considerasse o projeto inconstitucional. Como o trabalho da comissão mista pode levar várias semanas, isso pode garantir o tempo de que o tribunal precisa para julgar o caso antes de uma nova votação.

O projeto de lei pretende tornar o aborto legal em três casos específicos: quando há riscos de vida para a mulher grávida; em casos de estupro ou má formação do feto.

 

Com informações de ANSA e Publimetro.

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