Por que precisamos de mais mulheres pró-vida no Congresso Nacional
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Você já viu aqui no Sempre Família que o movimento pró-vida ganhou força no Congresso Nacional quando, ainda no primeiro mandato do governo Lula, chegaram ao parlamento as agressões mais pesadas contra a família e a vida desde a redemocratização. A ameaça obrigou lideranças de diferentes partidos a unirem-se numa defesa que, felizmente, acumula mais vitórias do que derrotas. No entanto, desde então, se há um aspecto que certamente pode ser aperfeiçoado na representação pró-vida é a presença de mais mulheres como parlamentares.

É claro que já temos em Brasília verdadeiras heroínas que entregam a própria vida na luta contra o aborto, mas a maioria atua como jurista, ativista ou assessorando deputados e senadores cheios de vontade, mas com pouco conhecimento. É fato, contudo, que o Congresso carece de mulheres, devidamente eleitas, corajosas o bastante para se opor com sua voz e seu voto às pautas que feministas radicais invocam como sendo “das mulheres”, como o aborto.

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Argumentos como “homens não deviam opinar sobre aborto” ou “se fossem mulheres seriam a favor” são risivelmente frágeis, mas continuam sendo gritados à exaustão nas orelhas da bancada pró-vida pela minoria barulhenta que tumultua toda reunião de comissão ou votação em plenário que envolva o tema. É bem verdade que a lógica pode expor a falácia, mas a presença e a fala de deputadas e senadoras firmemente contrárias ao aborto faria essas declarações em picadinhos antes mesmo que ganhasse eco.

Felizmente, nessas eleições, parece que um número relevante de mulheres engajadas nas causas pró-família e pró-vida aceitaram o desafio de encarar uma campanha eleitoral. Entre elas estão, principalmente, lideranças provenientes de grupos religiosos ou de movimentos conservadores que ganharam musculatura na internet.

 

Rio de Janeiro

Uma das mais famosas neste pleito certamente é a ex-feminista Sara Winter, que se lançou candidata à deputada federal pelo Rio de Janeiro. A primeira vez em que ganhou notoriedade foi em 2012, quando se tornou a primeira brasileira a ser admitida no grupo europeu de feministas radicais Femen. Desde então, muita coisa mudou. Sara virou mãe, converteu-se ao catolicismo e virou uma incansável ativista pró-vida, tendo protagonizado um episódio inesquecível envolvendo a ministra Rosa Weber, do STF.

Também no Rio, outra jovem conservadora a ganhar cada vez mais seguidores nas redes sociais é Chris Tonieto. A advogada integra a União dos Juristas Católicos do estado e frequenta o Centro Dom Bosco, que se tornou, provavelmente, a instituição católica que mais aciona a justiça no país, quase sempre para denunciar crimes contra o sentimento religioso e defender a liberdade de expressão. “Sempre estudei e lutei contra o aborto e contra a ideologia de gênero, o que me impeliu a entrar na política para combater leis anti-naturais oriundas do Congresso Nacional”, diz Chris, que compete por uma vaga na Câmara dos Deputados.

 

Paraná

No Paraná, é a psicóloga Marisa Lobo a personalidade feminina a se destacar no campo pró-vida. Há anos engajada em movimentos anti-drogas, contra o aborto e contra a ideologia de gênero, Marisa tornou-se famosa no país todo por conta de suas palestras ministradas, principalmente, em comunidades evangélicas. Um de seus últimos projetos dedicados à família foi o gibi “Viva a diferença”, lançado pela Convenção Batista Brasileira, no qual é apresentada de forma lúdica a visão cristã de sexualidade. “O que me motivou a ser voluntária nesse projeto foi entender a luta que temos em prol da criança e para descontruir essa mentira, que é a ideologia de gênero”, disse Marisa, por ocasião do lançamento.

Recentemente ela assumiu a presidência do Avante (antigo PT do B) no estado, vai concorrer à vaga de deputada federal e integra a cúpula da campanha de Ratinho Júnior para o governo do Paraná.

 

Ceará

Outra liderança pró-vida proveniente do meio evangélico é Priscila Costa, atualmente vereadora em Fortaleza, no Ceará. Jornalista, Priscila preside o Movimento Força Jovem na cidade, iniciativa ligada à Assembleia de Deus que trabalha com “fé e consciência para juventude cristã do estado”. Ela apresenta a si mesma como “transgressora da agenda feminista” e diz que pretende ir para a Câmara dos Deputados para lutar contra a “degradação de valores às nossas escolas, nossas crianças e nossas famílias”.

 

Brasília

Em Brasília, uma ativista com o sugestivo nome de Kelly Bolsonaro, de 32 anos, é quem tem feito sucesso entre aqueles que priorizam a luta contra o aborto. Engajada em iniciativas pró-vida desde os 17, ela foi sensibilizada pelo trabalho que desempenhou, acolhendo mulheres em condição vulnerável que cogitavam o aborto, mas mudavam de ideia ao receber o necessário apoio emocional e material. “Eu me doei a essas mulheres por vocação, por missão! Hoje minha luta é para que todas as mulheres possam ter seus filhos com dignidade”, diz.

O sobrenome famoso de Kelly é, na verdade, um pseudônimo que ela carrega desde 2014 e que, segundo diz, tem autorização para usar, inclusive na urna. Trata-se da forma como as feministas locais a chamavam, a fim de ofendê-la, devido às suas posições conservadoras. Nessas eleições, dada a popularidade de Jair Bolsonaro, é provável que o tiro saia pela culatra e que Kelly acabe angariando muitos votos por causa do rótulo.

 

Santa Catarina

No estado de Santa Catarina, destaca-se a professora de História Ana Caroline Campagnolo que, embora dedicada principalmente à luta contra a doutrinação marxista nas escolas, alia-se às outras lideranças nacionais pró-vida quando o assunto é aborto.

 

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O Blog da Vida registra que também chegaram ao jornalista os nomes de Daniela Bruzarrosco, Clau de Lucca, Sargento Tania Guerreiro e Marcella Kretsch, provenientes de diferentes estados e apontadas por amigos pró-vida como mulheres engajadas na luta contra o aborto e que estariam dispostas a se lançar como candidatas.

Este texto, obviamente, não pretende esgotar as opções, mas sim destacar a necessidade de mais mulheres pró-vida no poder legislativo – principalmente no Congresso Nacional – e mencionar as que, aos olhos deste blogueiro, têm se destacado nas redes dedicadas à causa.

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