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Milhares de pessoas protestaram no último domingo (15/05) contra o aborto em marchas organizadas em 140 cidades da Polônia. O país já possui várias restrições à prática, mas discute agora sua proibição total.

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Os manifestantes percorreram ruas unidos sob o lema “Uma vida não tem preço” e exigindo a proteção da vida humana desde o momento da concepção. As mobilizações também buscam recolher assinaturas para levar ao parlamento do país uma proposta para modificar a lei de 1993 e obter a proibição incondicional do aborto.

A iniciativa requer cem mil assinaturas para ser registrada e debatida e conta com a simpatia da primeira-ministra do país, Beata Szydlo, que disse que “pessoalmente” apoia a proibição do aborto em todos os casos.

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Nas últimas semanas tiveram lugar em Varsóvia vários protestos de grupos pró-aborto, que exigiram que o Executivo não modifique a legislação atual.

Durante o período de domínio comunista, o aborto era praticamente livre no país, mas a lei atual o permite dentro das 25 primeiras semanas de gestação apenas em três casos: estupro, risco de vida para a mãe e grave má-formação do feto.

Os dados oficiais sobre o número de abortos indicam que cerca de mil mulheres polonesas abortam por ano, ainda que organizações independentes, como a Federação para a Mulher e o Planejamento Familiar, estimam que a cifra real chegue a 150 mil.

Uma sondagem do instituto OBCS publicou que 84% dos poloneses são a favor de que o aborto seja permitido se a vida de uma mulher está em perigo pela gestação, enquanto 76% o apoiam se a saúde da mãe corre risco. 74% são favoráveis ao aborto em caso de estupro.

Porém, Mariusz Dzierzawski, o presidente da Fundacja PRO, a organização que coleta as assinaturas, afirma que a maioria da sociedade polonesa se opõe ao aborto, apoiando-se em uma pesquisa do mesmo instituto OBCS que aponta que 66% dos poloneses creem que “independentemente das circunstâncias, a vida humana deve ser protegida desde a concepção até a morte natural”.

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Colaborou: Felipe Koller

Com informações de Actuall.