A Suprema Corte dos Estados Unidos não bloqueará a nova lei do estado do Texas, que impõe restrições mais severas ao funcionamento de clínicas de aborto, informa a Fox News e vários jornais norte-americanos. Numa votação apertada, de cinco votos a quatro, o tribunal decidiu não interferir na vigência integral da lei, como pediam os donos das clínicas. A nova legislação já levou um terço das clínicas do estado a fechar as portas.
Segundo o texto da lei debatida, somente médicos credenciados junto a hospitais que fiquem a distância máxima de 30 milhas (48 km) da clínica podem realizar abortos. Todos os estabelecimentos que não contem com profissionais que cumpram essa exigência devem ser fechados. A lei entrou em vigor em outubro, mas foi parcialmente invalidada por um juiz federal. O caso, então, chegou à Suprema Corte onde enfim recebeu parecer definitivo.
“Esta é uma boa notícia tanto para os bebês não nascidos como para as mulheres do Texas, que agora estão mais protegidas de provedores de abortos mal feitos que operam em condições perigosas”, disse o governador Rick Perry.
Por sua vez, a Planned Parenthood, maior rede de clínicas de aborto dos Estados Unidos – e que tem muito a perder com a nova lei -, naturalmente, lamentou a decisão e emitiu nota afirmando que a lei “está bloqueando o acesso de mulheres a um procedimento legal e seguro, e que é um direito constitucionalmente protegido há 40 anos”.
Atenuante
Há alguns anos os Estados Unidos vêm assistindo uma crescente onda de novas leis estaduais restritivas ao aborto, quase todas elaboradas com o apoio de organizações pró-vida. Tratam-se de atenuantes à terrível situação de aborto legalizado durante todos os meses de gravidez. Como o fim desse problema depende de uma revisão da decisão da Suprema Corte, e não dos legisladores, tornar o aborto cada vez mais impraticável é a estratégia jurídica – bem-sucedida, diga-se – do movimento pró-vida de lá para salvar o máximo possível de nascituros.
O documentário Blood Money – Aborto Legalizado, explica muito sobre a controversa história do aborto nos Estados Unidos. Aliás, o Caderno G publicou nesta quarta-feira uma resenha sobre o filme.
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Assista ao documentário Blood Money – Aborto Legalizado nos cinemas !
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