A Polícia de Minas Gerais revelou na semana passada que uma mulher suspeita de fazer 120 abortos foi presa no dia nove de março. Segundo o site G1, de Minas Gerais, Ilizabete Alves Menezes, de 69 anos, se encontrava com os pacientes em um shopping da cidade e em seguida os levava para uma clínica clandestina no bairro Caiçara, na Região Noroeste, onde o procedimento era feito.
A reportagem do G1 conversou com Rodrigo Bossi, responsável pela investigação. Segundo ele, a polícia encontrou no local material cirúrgico e medicamentos abortivos. O aborto chegava a custar R$ 5,2 mil. Há a suspeita de que a mulher tenha começado a fazer abortos nos anos 70.
Ilizabete foi denunciada pelos crimes de aborto, exercício ilegal da profissão, formação de quadrilha e distribuição de medicamentos sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Os filhos dela, Jaqueline Alves Menezes Ferreira, 46 anos, e Marcelo Alves Menezes Ferreira, 43 anos, e Jaildo Souza Santos, 64 anos, acusado de intermediar o contato das mulheres com a falsa médica, também foram denunciados por aborto e formação de quadrilha. Dois casais também estão entre os denunciados do caso, mas os nomes foram preservados pela polícia.
A polícia mineira também investiga a participação de uma maternidade no esquema. “Foi verificada uma ampla rede, uma organização criminosa mesmo destina à prática de aborto. Dentre estas pessoas, muitas são médicos e farmacêuticos”, disse o delegado ao G1.
Cinco mulheres já foram identificadas e duas confessaram terem feito o aborto. Ilizabete está presa na Penitenciária Estevão Pinto, em Belo Horizonte.