Na Holanda, o médico Eduard Verhagen, diretor de Pediatria da Universidade de Groningen, defende que o sacrifício de recém-nascidos por “razões humanitárias”, como nos casos de doenças muito graves ou má formações, deve ser um direito dos pais. A ideia podia ser ignorada como um devaneio se seu defensor não tivesse a influência que tem. O doutor Verhagen é autor do Protocolo Groningen publicação técnica sobre a eutanásia neonatal, um absurdo desde o conceito. Embora a prática não seja liberada, há oito anos o Ministério Público da Holanda contribuiu com o médico para a criação desse guia voltado a “casos extremos”.
Para Verhagen, a execução de recém-nascidos seria uma opção ao aborto, já que depois do nascimento o prognóstico quanto à saúde do bebê é muito mais claro. “Para alguns pais a eutanásia pode ser uma opção melhor” (tradução livre), afirma o médico que expôs seu sinistro ponto de vista no Journal of Medical Ethics, uma revista internacional de medicina.
Em outro trecho, Verhagen considera que se todas as partes envolvidas, como pais, médicos e juízes estiverem de acordo sobre a previsão de uma vida de sofrimento para a criança, não há justificativa para que essa opção seja negada. Na Holanda, com 12 anos de idade um adolescente pode requisitar seu direito à eutanásia, contanto que tenha o consentimento dos pais. Aos 16 não precisa mais de autorização.
O Blog da Vida noticiou em fevereiro que a ideia de estender a eutanásia para pessoas desprovidas de completo livre arbítrio, como crianças e portadores de problemas mentais, também foi recentemente cogitada na Bélgica, o primeiro país na Europa, junto com a Holanda, a legalizar a prática, em 2002.
Sobre a proposta de Verhagen, alguém aí lembrou da Alemanha nos anos 30 ?
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