Marcha pela Vida no Peru e mais reações ao CFM
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Divulgação / Marcha por la Vida

Em vários países da América Latina, no dia 25 de março é comemorado o Dia do Nascituro. Comparado a países como o Peru e Equador, no Brasil a data ainda aparece com bastante discrição. Na capital peruana, a Marcha por la Vida, que ocorreu no sábado, reuniu milhares de manifestantes, conforme contam vários jornais locais, como o El Comercio, que preparou um slideshow com fotos da marcha. Há muitas outras imagens no site oficial do evento.

A marcha desse ano ganhou uma motivação a mais depois que o grupo pró-vida Derecho a Vivir passou a denunciar o financiamento promovido pelo governo espanhol a ONGs promotoras do aborto no Peru .

Já no Equador, a hashtag #Díadelniñopornacer entrou para o top 3 no ranking nacional dos termos mais citados no Twitter.

Enquanto isso, no Brasil, a data coincidiu com a repercussão ao injustificável apoio do Conselho Federal de Medicina (CFM) à legalização do aborto. No domingo a Gazeta do Povo publicou um artigo da doutora Lenise Garcia, bióloga da Universidade de Brasília, que expõe a fragilidade de embasamento técnico na desastrada carta circular que oficializou a posição do órgão. Confiram um trecho:

“Na tentativa de justificar a iniciativa, o presidente do CFM afirma em sua página que a restrição à 12.ª semana motiva-se porque ‘a partir de então o sistema nervoso central já estará formado’. Surpreende que um médico possa dizer isso. Deixando de parte o fato de que a dignidade humana independe da formação de sistema nervoso, qualquer estudante do segundo ano de Medicina já aprende, em suas aulas de Embriologia, que os 12 pares de nervos cranianos se formam durante a quinta e a sexta semanas do desenvolvimento. Que na nona semana ocorre a inervação dos músculos, e a criança em formação salta dentro do útero, exercitando perninhas e bracinhos, organizando as conexões nervosas. Que na décima semana de gestação o embrião está praticamente todo formado e, a partir daí, haverá basicamente a maturação e crescimento dos órgãos e sistemas do bebê”.

O artigo também trata da hipótese de que nesse estágio do desenvolvimento o feto não sinta dor, e da tentativa dos médicos de fugirem à responsabilidade de emitir qualquer parecer sobre a condição do feto, delegando somente às gestantes a tarefa de decidirem se põe ou não um fim à vida do filho que carregam no ventre. Vale a pena ler a íntegra.

Na semana passada a doutora também participou de um debate na TV Brasil sobre o tema. O vídeo está disponível aqui.

Nas redes sociais, está sendo bastante compartilhada a campanha que incentiva os descontentes com o gesto do CFM a manifestarem seu repúdio, deixando uma mensagem no site da instituição.

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