Na semana passada, dia 23 de maio, a cidade de Goiânia foi palco de mais uma Marcha pela Vida. Realizada há cinco anos pelo Comitê Goiano da Cidadania em Defesa da Vida – Brasil Sem Aborto, os manifestantes promoveram uma caminhada, palestras e até a apresentação de uma banda marcial. O foco das reivindicações desse ano foi a aprovação do Estatuto do Nascituro e uma reforma do Código Penal que valorize a dignidade da vida humana desde a concepção.
Segundo os organizadores, a evento contou com a participação de aproximadamente 50 instituições, entre escolas, universidades e igrejas. Confiram abaixo algumas imagens gentilmente cedidas pelo Lourivan Macedo, coordenador do comitê.
Aproveito a oportunidade para encaixar uma pergunta previsível: porque Curitiba ainda não tem sua Marcha pela Vida ? A cidade parece estar muito atrás de outras capitais no protagonismo dessa causa. E não apenas pela ausência de manifestações públicas. Nossos representantes parlamentares também são figuras bastante apagadas nas discussões sobre a proteção da vida em seu momento mais frágil, quando se desenvolve no útero materno. Fica o convite e o puxão de orelha para quem tem recursos, influência e vontade para impulsionar uma cultura da vida mais ativa por aqui.
Exemplo de oportunidade que me pareceu desperdiçada ocorreu ontem, na festa de Corpus Christi. Andei todo o trajeto de 1,7 mil metros cobertos por tapetes entre a Catedral e o Palácio Iguaçu, e não encontrei nenhuma confecção que retratasse o tema. Tudo bem que se trate de uma festa religiosa, e que o foco da data é a fé dos católicos na presença de Cristo na Eucaristia. Sei disso. Acontece que, tradicionalmente, também se inclui nos tapetes temas sociais relevantes para os cristãos no momento. Num ano em que o Conselho Federal de Medicina (CFM) declarou apoio à descriminalização do aborto, e a proposta de reforma do Código Penal no Congresso pretende o mesmo, uma menção ao assunto seria mais do que adequada.
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Fotos da Marcha pela Vida, ocorrida em 23 de maio, em Goiânia:
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