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O ministro do Trabalho da Itália, Luigi Di Maio, anunciou no início desta semana que o governo proporá uma nova lei que determine limites de funcionamento aos estabelecimentos comerciais nos fins de semana e feriados. Segundo ele, a “liberalização” promovida pelo governo de Mario Monti (2011-2013), adotada sob o pretexto de aquecer a economia, está “destruindo as famílias italianas”.

Segundo reportagem da agência ANSA, não se trata de impor fechamento a todos os pontos comerciais, mas sim adotar um escalonamento e mecanismo de turnos que garanta o funcionamento de 25% das lojas. “Sempre haverá um lugar para fazer compras”, garantiu. Cidades turísticas não serão obrigadas a seguir a nova determinação.

Polônia

A medida anunciada pelo governo italiano é semelhante à implantada recentemente na Polônia. Desde março desse ano, todos os grandes centros comerciais poloneses (como shoppings e supermercados) devem fechar ao menos dois domingos por mês. Em 2019, terão autorização para funcionar em apenas um domingo e a partir de 2020 deixarão de abrir aos domingos. O objetivo anunciado também foi o de fomentar a vida familiar, garantindo o direito dos trabalhadores de passarem mais tempo com seus filhos.

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O caso acaba sendo uma ilustração interessante sobre os limites de uma aliança de conveniência entre liberais econômicos e conservadores. Embora possam se unir contra forças de esquerda, para um conservador de verdade, a defesa da instituição familiar sempre terá prioridade sobre absolutamente qualquer outro tema. É mais importante, inclusive, do que a prosperidade econômica por si só.

Assim como o governo polonês, o atual governo da Itália é de perfil bastante conservador e tem enfatizado, entre outros temas, a soberania nacional contra abusos da União Europeia, o combate à imigração ilegal e a defesa da família, inclusive em políticas de estado.

Para vocês terem uma ideia, o atual vice-premier, Matteo Salvini, chegou a publicar um tweet em apoio a Jair Bolsonaro, um dia após o atentado sofrido pelo candidato em 06/09. Contudo, não foi uma simples mensagem de solidariedade. Ele disse claramente que deseja que Bolsonaro vença a eleição.

“Toda minha solidariedade a Jair Bolsonaro, gravemente ferido durante um compromisso eleitoral. Desejo que possa voltar logo e ser eleito presidente do Brasil”, escreveu Salvini, em sua conta oficial:

 

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