Conforme o blog publicou ontem, o médico Kermit Gosnell foi declarado culpado de matar três bebês em sua clínica de aborto, na Filadélfia, nos Estados Unidos. No processo contra Gosnell constavam sete acusações de homicídio, todas resultantes de uma operação policial que encontrou corpos de recém-nascidos com o pescoço perfurado em sua clínica de abortos. Posteriormente o número de acusações foi reduzido para quatro, depois que o juiz responsável considerou três delas inconsistentes. Desses casos, o júri declarou suficientes as provas apresentadas sobre a execução de três vítimas.
Ele também foi declarado culpado de homicídio involuntário pela morte de Karnamaya Mongar, uma paciente de 41 anos que faleceu em sua clínica depois de fazer um aborto, por excesso de medicação. Pesará sobre Gosnell ainda a pena por 211 casos de violação da chamada lei de consentimento informado, um tipo de instrução obrigatória que todo médico deve dar a quem pretende fazer um aborto. Quanto às 24 acusações referentes aos abortos ilegais , cometidos acima do limite estadual de 24 semanas de gestação, o médico foi considerado culpado em 21 casos.
As vítimas foram identificadas durante o julgamento por letras. Os casos que levaram Gosnell a ser considerado culpado referem-se aos bebês A, C e D. O bebê A tinha em torno de 29 semanas e, segundo o testemunho da ex-funcionária Kareema Cross, era tão grande que mal cabia na caixa de sapatos em que o médico o colocou. Em seu depoimento ela contou que viu o bebê mexer braços e pernas quando foi retirado do útero da mãe num procedimento abortivo, do qual se esperava retirar apenas um corpo sem vida.
Segundo Kareema, quando o médico viu o bebê chegou a dizer, ironicamente, que ele era “grande o bastante para caminhar até o ponto de ônibus”. São desse bebê as fotos tiradas com um telefone celular que fizeram parte do processo.
Sobre o bebê C, a mesma funcionária contou que o viu reagir quando outra colaboradora da clínica, Lynda Williams, levantou seus braços e em seguida perfurou o pescoço com uma tesoura, cortando a medula espinhal. Todo o procedimento foi supervisionado por Gosnell. Essa vítima tinha pouco mais de 25 semanas.
O bebê D, de acordo com os depoimentos, tinha em torno de 15 semanas e foi jogado no vaso sanitário do banheiro. Kareema disse que viu o bebê fazendo “movimentos de natação” para sair do vaso. Ao notar a movimentação, Adrianne Moton, outra funcionária de Gosnell, pegou o bebê e aplicou a técnica ensinada pelo médico, cortando o pescoço do recém-nascido.
Diante dessa coleção de monstruosidades, são cogitadas apenas duas possibilidades para Gosnell: prisão perpétua ou pena de morte. O júri que definirá a pena deve iniciar os trabalhos em 21 de maio.
Com informações de USA Today, Fox News, Life News e Hazte Oir.
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