

A controversa cartilha lançada pelo Ministério da Saúde e denunciada pela organização Brasil Sem Aborto no fim de janeiro segue rendendo repercussão. Nesta quarta-feira (06/02) o deputado Roberto de Lucena (PV-SP) usou a tribuna da Câmara para criticar a publicação “Protocolo Misoprostol”, que dá instruções de uso para um medicamento abortivo de comercialização proibida no país.
No texto publicado em seu site, o deputado afirma que a cartilha contradiz a defesa dos direitos humanos, o respeito à vida do embrião e lembra que o Estado não pode de forma alguma incentivar ou orientar o aborto.
O parlamentar entrou com pedido de informações junto ao Ministério da Saúde, e chamou a atenção das autoridades para que impeçam a circulação do material. O pronunciamento do deputado está disponível no YouTube (o assunto começa depois de 2 minutos e 33 segundos de vídeo).
Na Gazeta do Povo
Depois da postagem neste mesmo blog sobre o conteúdo da denúncia, e do artigo da doutora Lenise Garcia, professora da Universidade de Brasília (UnB), publicado pela Gazeta do Povo em 30 de janeiro, é a vez do colunista Carlos Ramalhete tratar do tema na edição desta quinta-feira.
Ao falar do descaso que o governo tem mostrado com a opinião pública em determinados temas, o colunista cita a impressão da cartilha como parte de um compromisso com o “abortismo”. Segue um trecho do texto:
“No fim do ano passado, enquanto Papai Noel distraía a população, o Ministério da Saúde mandou imprimir com o nosso dinheiro centenas de milhares de exemplares de um pequeno manual de como provocar abortos (ilegais) usando a droga (igualmente ilegal) comercializada com o nome de Cytotec”
O caso também chegou aos sites pró-vida no exterior. O espanhol Hazte Oir, por exemplo, noticiou a polêmica dizendo que o governo brasileiro publicou um “manual de aborto com uma droga perigosa também para a mulher”.
No mesmo dia em que a denúncia veio à tona o blogueiro pediu explicações ao governo. Por meio de sua assessoria de imprensa, o Ministério da Saúde confirmou a impressão do material, mas optou por não divulgar nota sobre as acusações.