Como os grupos pró-vida ganharam o apoio de tantos senadores argentinos
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Hoje, quarta-feira (08/08) ocorre no Senado da Argentina a aguardada votação sobre a legalização do aborto. Como vocês sabem, o projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados no mês de junho, depois de uma suspeitíssima virada de votos no último instante, motivada pelo governo do presidente Macri.

Como Mauricio Macri destruiu a imagem de pró-vida que criou para sua campanha

Como o próprio Macri já disse em mais de uma ocasião que não vetará a lei se ela for aprovada, o Senado passou a ser a última instância de defesa da vida. Felizmente, o trabalho da Unidad Provida tem sido primoroso. Trata-se da rede que reúne em torno de 130 organizações pró-vida e pró-família, e principal responsável pelas marchas gigantescas que tomaram Buenos Aires nas últimas semanas. Eles também estão à frente das articulações políticas e merecem todo o crédito por garantirem até agora 38 votos contra o aborto entre os senadores. O lado abortista, até o momento de publicação deste texto, está com 31 votos anunciados. A votação propriamente dita só ocorrerá por volta da meia-noite

Algo muito significativo que podemos aprender da Unidad Provida é a visibilidade que estão dando aos senadores que se comprometeram com o voto em defesa da vida. Assistam o vídeo abaixo:

OBS: quando o vídeo foi feito eram 37. Uma senadora a mais veio para o lado pró-vida nesta semana.

 

 

Trata-se de reconhecer de verdade o valor da opção do parlamentar, dando a ele mais do que um muito obrigado, mas contribuindo com sua imagem, dando-lhe crédito de forma pública, a fim de beneficiar a reputação política de quem está do nosso lado. É algo que precisamos aprender, independentemente do resultado que os argentinos obtiverem.

No site da Unidad Provida ainda é possível mandar e-mails e tweets diretos para cada um dos senadores comprometidos com o voto pró-vida, uma facilitação que faz toda a diferença para o cidadão comum.

A ideia de que um político que vota pela vida “não faz mais do que a obrigação” pode até fazer sentido na cabeça de alguns eleitores, mas no mundo real, parlamentar precisa de voto, está sempre de olho nele, e tende a prestigiar os grupos sociais com os quais se identifica – e aqueles que o acolhem.

Deixem a tarefa frustrada de bancar o falso isentão para parte da mídia. Quem defende a vida tem que ter lado claro, anunciar em quem vota e, na medida do possível, trabalhar pela eleição de quem confia.

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