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A internet já está repleta de informações sobre o último tiro no pé dado pela campanha de Fernando Haddad com os cristãos, que teve a ideia genial de ir à missa de Nossa Senhora Aparecida numa paróquia da periferia de São Paulo, comungar em condições ilegítimas, levar consigo a vice comunista que afirmou não ser cristã e fazer uso descarado da igreja para a promoção de sua candidatura. Não pretendo repetir tudo que já está bombando especialmente nas redes católicas, mas destaco alguns pontos que podem ter passado despercebidos sobre o maior responsável por aquela patetice toda: o padre Jaime Crowe.

 

1) Ele é um fracasso como influenciador

A militância partidária do padre Jaime Crowe para favorecer a candidatura de Fernando Haddad, desde o primeiro turno, não parece ter grande efeito sobre os fiéis que devia pastorear. No dia 7 de outubro, a zona eleitoral do Capão Redondo, à qual pertence o Jardim Ângela, onde fica a paróquia do padre, na periferia de São Paulo, deu vitória tranquila a Jair Bolsonaro. O capitão obteve 36,62% dos votos contra 28,38% do candidato do padre. Ciro obteve 14,7%, Alckmin 8,25% e Amoedo, 4,54%.

Convém destacar que em eleições anteriores essa foi uma região que sempre favoreceu o PT. Isso já era.

 

2) Ele é um velho amigo do PT

Não foi a primeira vez em que o padre Jaime usa uma missa para favorecer seus amigos no PT. Ele estava na celebração ecumênica da despedida de Lula, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, pouco antes do corrupto e lavador de dinheiro ser levado para a cadeia pela Polícia Federal. Na ocasião, ele manteve-se o tempo todo ao lado de dom Angélico, o bispo socialista que conduziu a “cerimônia”.

Em 2016, ele também já havia homenageado Haddad com o prêmio de Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns. A premiação aconteceu depois das eleições municipais, quando o candidato do PT e então prefeito já havia sido rejeitado pelos eleitores nas urnas, sofrendo derrota no primeiro turno para João Dória, um recém-chegado na política.

 

3) Ele não é do Brasil

O anfitrião de Haddad, que mandou para aquele lugar a orientação tradicional da Igreja de que clérigos não devem fazer promoção político-partidária, nem sequer nasceu no Brasil. Embora esteja no país desde 1987, ele é irlandês.

 

4) Ele não responde à arquidiocese de São Paulo

Muita gente está falando horrores sobre dom Odilo Scherer por permitir um absurdo daqueles, mas o cardeal é inocente. Essa confusão ocorre porque, na maior parte do Brasil, as dioceses tendem a cobrir toda uma cidade e ir até além dos limites municipais. Mas não é o caso de São Paulo. A capital paulista é tão grande e tem tantos fiéis que precisou ser dividida em várias dioceses. A do padre petista é a Diocese de Campo Limpo, cujo bispo é dom Luís Antônio Guedes.

Caso algum católico queira manifestar seus sentimentos a dom Luís sobre o ocorrido, esse é o site da diocese. O telefone é (11) 3584-9000 e o endereço da mitra dioceseana é Rua Lira Paulista, 30 – Jardim Bom Refúgio. A diocese também tem página no Facebook.

Até a publicação desse post, o bispo ainda não havia dado declaração alguma sobre a missa-comício sob sua jurisdição.

 

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Atualização – 15/10 – 16h40

No domingo, dia 14/10, diante da avalanche de manifestações, as quais o Blog da Vida orgulha-se de ter ajudado a motivar, a diocese de Campo Limpo enfim manifestou-se sobre a missa-comício. Em nota assinada pelo assessor de Comunicação (não pelo bispo), a diocese afirma que o padre Jaime Crowe agiu “sem prévia comunicação”, “à revelia do Sr. Bispo de Campo Limpo” e foi “devidamente advertido segundo as normas do Direito Canônico.

Leia a íntegra:


 

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Sobre o problema de Haddad com os cristãos , leia também:

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