Esplanada dos Ministérios (foto: Agência Brasil).
Esplanada dos Ministérios (foto: Agência Brasil).| Foto:

Os leitores mais antigos do Blog da Vida sabem há quanto tempo insisto para que o movimento pró-família passe a não apenas reagir às frequentes agressões contra a instituição familiar, protagonizadas pela mídia e entidades hostis, mas que também elabore e lute por projetos e políticas públicas que promovam a família. Refiro-me às mais variadas ações que destaquem a obviedade gritante de que se trata da instituição mais importante de todas, em qualquer sociedade, e que fomentem a cultura do orgulho em ser família, fazendo uso de símbolos, campanhas e todo o arsenal de comunicação constantemente usado em iniciativas publicitárias de relevância social evidentemente inferior.

Ocorre que, diferentemente das fundações internacionais taradas por abortismo, ideologia de gênero e outros experimentos sociais bizarros, as organizações de defesa da família são poucas e pobres. Quase sempre são levadas adiante por voluntários que empenham muito de seus próprios recursos e saúde na causa, recebendo em troca, além de muita difamação, apenas a certeza de estar do lado certo da história e fazendo o bem.

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Não é à toa, portanto, que os leitores verão neste espaço o trabalho do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH) ser retratado com o destaque que merece, mas que não ganhará de uma mídia tradicional ignorante, odienta ou desinteressada quando o assunto é família. Passados três meses de governo Bolsonaro, não tenho a menor sombra de dúvida de que é a pasta mais inovadora de todas. Basta olhar o horroroso retrospecto do que era o antigo Ministério de Direitos Humanos – que já foi dirigido até pela Maria do Rosário (!!!) – para se dar conta de que é ali que uma transformação total está em curso.

Nas gestões petistas, esse era o ministério predileto para servir de cabide de empregos à militância ideológica mais tóxica, aquela da qual até os esquerdistas moderados sentiam vergonha, mas que eram obrigados a prestigiar devido a compromissos assumidos em campanha. Era um ministério que vivia num mundo de faz-de-conta, atendendo a demandas fabricadas por movimentos sociais que nunca foram espontâneos, e só existiam por causa do financiamento público. A realidade objetiva era sistematicamente ignorada pelas pessoas que mandavam lá. O mundo real, no qual vive gente comum, com famílias formadas por pai, mãe e filhos, além de muitos necessitados sem representação organizada – mas que nem por isso deixam de ser necessitados – passava longe do radar dos “coletivos” que mantinham influência quase divina sobre a pasta. Aquele pessoal só se importava mesmo com quem era útil para servir de militância.

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Querem exemplos do por que de tanto entusiasmo com o MMFDH? O Brasil nunca teve um órgão estatal dedicado ao equilíbrio entre trabalho e família – o drama mais comum de qualquer família cujos pais trabalhem fora – e agora tem uma diretoria específica dedicada a estudar o problema e trabalhar soluções. Antes, qualquer ação dedicada à mulher necessariamente tinha um tom “anti-homem”, explicitamente baseada em luta de classes e comparações completamente imprecisas. Serviam apenas para fomentar o ódio ao sexo oposto. Agora, há uma diretoria dedicada à promoção da dignidade da mulher, colocando o foco na essência feminina, e não em seu suposto inimigo macho. Em breve, teremos também o lançamento de um Observatório da Família, a fim de suprir a absurda carência de pesquisas acadêmicas na área de família – escassez essa causada pelo mesmo tipo de gente que esteve à frente desse ministério por anos. Eles são uma praga e também empestearam as universidades.

Esses são só alguns exemplos de iniciativas brilhantes das quais o leitor certamente não sabia, e que continuarão a passar despercebidas se nos contentarmos em julgar o trabalho do ministério de Damares Alves pelas picuinhas irrelevantes e artificiais que um punhado de jornalistas recalcados insistem em manchetar. O principal diferencial da pasta está no senso de realidade e na coragem de não prosseguir fazendo o que sempre foi feito por medo de rótulos.

O trabalho realizado lá é valioso. O MMFDH merece toda nossa atenção e defesa.

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