***ATUALIZAÇÃO EM 27/10: A Avon apagou o vídeo ao qual esse post se refere. Entenda o que houve aqui. ****
A última campanha publicitária da Avon também entrou na onda da crítica aos “estereótipos de gênero” e mandou ver nas frases lacradoras. Num dos vídeos, fica evidente a orientação para que os pais parem de chamar suas filhas de princesas. É claro que nenhum pai que ama a sua filha e a chama de princesa vai dar bola para o comercialzinho de lógica rasteira, mas achei que valia a pena menção à peça publicitária por causa da esquizofrenia da empresa.
A Avon da propaganda na tevê parece ser uma entidade feminista, com panca revolucionária, questionadora de paradigmas. No entanto, a Avon daquelas revistinhas tão conhecidos, que circulam no Brasil todo – especialmente entre a classe C, o povão – parece dar mais atenção ao mundo real e à preferência de pessoas normais.
Propaganda do sabão OMO embarca na ideologia de gênero e é intensamente criticada
Na propaganda, a Avon diz que meninas se incomodam em ser chamadas de princesas. Na revistinha, há seção de produtos para meninos e para meninas. Para os meninos, páginas com muito azul ou preto, super-heróis da Marvel e personagens Star Wars. Para as meninas, uma overdose de rosa pink, corações, Barbie e princesas Disney.
Poxa Avon! Se vai entrar na onda do gênero como construção social, entra de vez! Põe na revista uma seção infantil só e chama Meninxs. Pra vender baton, só modelos barbudos e na seção de desodorantes, moças de axilas não depiladas. Ou a Avon acha que esse tipo de coisa não agrada?
Vejam nas imagens abaixo a contradição entre o mundo da propaganda para TV e internet, onde basta “causar”, e o mundo real, onde uma empresa precisa atender desejos e necessidades dos clientes para vender alguma coisa:
Avon na TV:
Avon na revistinha:
Avon na TV:
Avon na revistinha:
Avon na TV:
Avon na revistinha:
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