No dia 3 de maio o Blog da Vida denunciou a iniciativa da senadora Gleisi Hoffmann de convocar uma romaria “por Lula livre” e fez parte do esforço de alguns para que o Santuário se manifestasse. Nesse mesmo dia, por meio da página da arquidiocese de Aparecida no Facebook, o Santuário Nacional emitiu uma nota informando que “se coloca contra toda e qualquer utilização do seu espaço para fins políticos ou ideológicos”, manifestação esta que foi, com justiça, elogiada por muitos. No entanto, para nossa total decepção, o que aconteceu no altar de Aparecida neste domingo (20/05) foi a contradição absoluta daquilo que a própria instituição afirmou semanas antes. O Santuário, por meio de seu reitor e celebrante da missa – padre João Batista de Almeida -, traiu aqueles que se tranquilizaram com a palavra dada.
Procurando bem já é possível encontrar na internet vários trechos de vídeos que revelam o que fizeram com a celebração da eucaristia, mas eu recomendo a boa compilação feita pelo colega Bernardo Pires Kuster. No vídeo, constata-se com clareza o culto à pessoa do corrupto, lavador de dinheiro e ex-presidente do Brasil. Em uma das preces, pede-se o seguinte:
Veja imagens de como foi a “missa por Lula livre”, em Aparecida
“Pelo ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva, para que Nossa Senhora Aparecida o abençoe e lhe dê muitas forças e de faça a verdadeira justiça , para que o quanto antes ele possa estar entre nós, construindo com nosso povo um projeto de país que semeie a justiça e a fraternidade, rezemos ao Senhor”.
Como era de se esperar, essa oração foi feita acompanhada por muitas palmas, bandeiras do PT e militantes uniformizados com camisetas vermelhas estampadas com o rosto de Lula de um lado, e a imagem de Nossa Senhora Aparecida de outro. Se isso não configura a “utilização do seu espaço fins políticos ou ideológicos” nada mais configura.
Portanto, caro leitor que professa a mesma fé que este blogueiro, e sente-se profundamente ofendido com a avacalhação de um lugar tão querido e sagrado para os brasileiros, é justo sentir-se um trouxa por ter confiado no que foi dito. O Santuário mentiu – ou foi traído por seu próprio reitor. Dúvida esta que só é cabível por que o arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes, não estava na cidade quando a missa ocorreu.
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Como será que ele se sente? Igualmente traído, como nós, ou apenas satisfeito? O que fará agora, diante da mentira concretizada? Vai punir com a devida justiça quem fez o oposto daquilo que sua arquidiocese disse que faria? Ou não fará nada, em nome do velho e tão nocivo corporativismo eclesial?
Se você também está curioso, ajude-nos a entender o que se passa na cabeça do homem que está à frente da igreja que é símbolo da fé dos brasileiros. Mande um e-mail para a arquidiocese de Aparecida e cobre uma posição de dom Orlando Brandes:
https://www.facebook.com/ArqAparecidaOficial/
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