A Associação Espanhola de Advogados Cristãos pediu dois anos de prisão para cada uma das ativistas do grupo Femen que, em junho de 2014, se acorrentaram seminuas ao altar-mor da catedral de Madri num protesto a favor do aborto. Na ocasião, as ativistas justificaram o ato dizendo que queriam “mostrar seu desacordo de maneira político-artística”
Os advogados as acusam de cometer o delito de provocação à discriminação, ao ódio e à violência por motivos religiosos, além de ofensa a sentimentos religiosos e interrupção de atos religiosos, todos crimes previstos no ordenamento jurídico espanhol.
De acordo com o site espanhol InfoCatolica, a ação incluiu ainda como agravante o fato do grupo lucrar com a ofensa cometida, já que o Femen vende em seu site as fotos das ativistas acorrentadas ao crucifixo.
A presidente da associação de advogados, Polonia Castellanos, disse que as penas que solicitaram não são as máximas porque que o objetivo não seria prender as garotas, mas fazer justiça.
Castellanos lembra que o Femen responde a outra causa na justiça de Madri, referente aos atos de outras cinco ativistas que causaram tumulto na Marcha pela Vida de 2013, realizada em novembro. A causa as levará ao seu primeiro julgamento na Espanha, cuja data deverá ser anunciada em breve. Elas são acusadas dos delitos de desordem pública e resistência à autoridade, cuja pena é de nove meses de prisão e multa de 1.800 euros.
Agressão
Também em 2014, meses antes do ato na catedral, ativistas do grupo atacaram o cardeal espanhol Antonio María Rouco, na época com 77 anos. As integrantes do Femen o abordaram quando saía de seu automóvel para celebrar uma missa aos gritos de “aborto é sagrado” e jogando calcinhas manchadas com tinta vermelha sobre o idoso.
Colaborou: Felipe Koller
Crédito: InfoCatolica