Angus, best-seller de aventura que enaltece valores cristãos retorna em nova edição
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A série Angus, ficção histórica de Orlando Paes Filho que conta a saga do clã guerreiro MacLachlan, está de volta. Best-seller na época de seu lançamento, em 2003, a aventura ganha agora uma nova edição pela editora Novas Páginas, redimensionada como uma trilogia que promete acompanhar o clã desde o século IX até as “Cruzadas de 2020”.

O paulistano Orlando Paes Filho – que começou a conceber a obra em 1976, aos 14 anos – não só assina o texto como as ilustrações dos livros, além de uma trilha sonora disponível no site oficial. Para o escritor, a saga é um tributo aos valores da cristandade e à civilização medieval.

O Sempre Família conversou com Paes Filho sobre o relançamento de Angus e sobre os valores que permeiam a sua obra. Confira:

 

A Idade Média, período no qual se passa boa parte de sua obra, é constantemente apresentada de modo deturpado na mídia e mesmo nas escolas. De onde se originou essa distorção

Essa distorção se originou primeiramente nas escolas. Boa parte do mundo acadêmico insiste em retratar a Idade Média como Idade das Trevas, quando, na verdade, toda a cultura ocidental civilizada se originou na Idade Média. Foram grandes reis como Carlos Magno e grandes santos como São Bento que civilizaram a Europa. É só olharmos para uma catedral e verificarmos a riqueza da era medieval. Só para citar como exemplos, na Idade Média foram criadas a universidade, o hospital e o orfanato.

 

Tanto em sua obra quanto em entrevistas, você sublinha valores que, segundo sua análise, precisam ser retomados. Quais valores são esses?

Os valores que coloco em destaque em minhas obras são as sete virtudes: Justiça, Caridade, Fé, Prudência, Temperança, Fortaleza e Esperança. São essas as virtudes ensinadas nas Sagradas Escrituras e inspiradas por Deus. O contrário destas virtudes são: a soberba, que se opõe à virtude da Fé; a luxúria, que se opõe à virtude da Esperança; a avareza, que se opõe à virtude da Caridade; a ira, que se opõe à virtude da Prudência; a preguiça, que se opõe à virtude da Fortaleza; a gula, que se opõe à virtude da Temperança; a inveja, que se opõe à virtude da Justiça. Também coloco em destaque em meus livros o valor da palavra, a sinceridade, a gratuidade e a honra.

 

Quando você escreveu a primeira versão de Angus, aos 14 anos, você já tinha em mente transmitir esses valores com a obra? O que o inspirava naquela época?

Tinha, de uma certa forma, pois assistia a alguns filmes de cavalaria como Ivanhoé e Os cavaleiros da Távola Redonda, que possuíam um ambiente totalmente diferente do entretenimento disponível na época. Eu, com 14 anos, estava sendo bombardeado por uma torrente que tentava fazer de mim um débil moral e um débil mental. Estávamos à mercê de 24 horas de baixarias televisas e uma “elite cultural” de esquerda dominava todos os outros espaços culturais. Eis porque eu gostava tanto dos filmes de cavalaria, desde El Cid até Ben Hur, e dos clássicos de terror da época, como Drácula e Frankenstein, que mostravam um pouco de uma era destruída, mas imensamente rica, com a educação das pessoas muito refinada, com diálogos ricos e atitudes nobres.

 

Quais obras você admira na literatura contemporânea, ou mesmo no cinema, como capazes de transmitir os valores que você considera importantes?

Toda a obra que traz valor, heroísmo e algum benefício para o jovem é admirável, seja apresentando a honra do samurai, o heroísmo do cavaleiro medieval ou a dedicação honesta de um grande rei ao seu povo. Por isso, obras como Rei Arthur, Coração Valente, Senhor dos Anéis, Taras Bulba e O Samurai são tão importantes para a formação do caráter do jovem. É a referência heroica contra a referência marginal e criminosa dos corruptos, dos ladrões, dos assassinos.

 

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