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A médica Michelle Cretella, presidente do American College of Pediatricians, publicou no site The Daily Signal uma reflexão fundamentada em dados científicos na qual denuncia a infiltração da ideologia de gênero no campo da pediatria. Segundo ela, essa ideologia distorceu de tal maneira os diagnósticos infantis que pode-se dizer que nos últimos anos tem sido praticado “um abuso de menores institucionalizado” e “em larga escala”.

Cretella explica que desde 2013 o que se chamava “transtorno de identidade de gênero” passou a ser chamado de “disforia de gênero”. Há nos Estados Unidos mais de 200 programas de formação de pediatras que abordam a questão baseados na premissa de que, se as crianças “insistem consistente e persistentemente” que não são do gênero associado ao seu sexo biológico, então são inatamente transgêneros.

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A médica relata oito fatos científicos que contradizem as alegações dos promotores da ideologia de gênero. “A investigação científica e os fatos falam de uma história diferente”, diz Cretella. “O que acontece é que se está usando o mito de que se nasce transgênero para justificar uma experimentação massiva, incontrolada e inconsequente sobre as crianças”. Confira:

 

  1. Estudos com gêmeos provam que ninguém nasce trans

Para Cretella, os estudos neurológicos que sugerem que algumas pessoas nascem com um cérebro transgênero “têm sérios defeitos e não provam nada”. Mais confiáveis são os estudos com gêmeos, largamente usados para discernir quais fatores, biológicos ou não, contribuem para que determinado traço se manifeste. Se o DNA e os hormônios pré-natais determinassem a transgeneridade, “deveríamos esperar que em quase 100% dos casos se um gêmeo se identificasse como transgênero o outro faria o mesmo”, diz a médica. Porém, o maior estudo já realizado sobre gêmeos e transgeneridade, publicado pelo médico Milton Diamond em 2013, aponta que em apenas 28% dos casos em que um dos gêmeos é transgênero o outro também é.

 

  1. A identidade de gênero é maleável, sobretudo nos jovens

A médica faz notar que o Manual de Sexualidade e Psicologia da Associação Pediátrica Americana admite que 75% a 95% das crianças e adolescentes que expressam algum tipo de confusão sobre a sua identidade sexual a superam. “A imensa maioria acaba aceitando o seu sexo biológico no fim da adolescência, depois de ter passado de forma natural pela puberdade”, afirma Cretella. A prescrição de medicamentos bloqueadores da puberdade para pacientes dessa idade é, pois, claramente uma prática nociva.

 

  1. Os bloqueadores da puberdade não são medicamentos seguros para esse fim

Como se não bastasse a promoção da confusão entre os jovens, um estudo publicado na revista The New Atlantis aponta que os bloqueadores da puberdade, mesmo sendo seguros para os casos de tratamento da puberdade precoce, não têm igual segurança para o caso de “crianças psicologicamente normais com disforia de gênero”, diz Cretella. Eles aumentam “o risco de fraturas dos ossos no começo da vida adulta, de obesidade e de câncer testicular, além de terem um impacto no desenvolvimento psicológico e cognitivo”. A revista Psychoneuroendocrinology publicou em 2006 e 2007 relatórios de anormalidades cerebrais entre homens adultos que tomaram bloqueadores por razões ginecológicas.

 

  1. Não existem casos de crianças com disforia que tenham deixado de usar medicamentos hormonais

Ao contrário do que dizem os seus promotores, o abandono do uso de bloqueadores da puberdade não é nada fácil. Não há casos registrados de crianças com disforia de gênero que tenham deixado de tomar medicamentos do tipo. Todos continuam tomando hormônios de cruzamento sexual depois dos bloqueadores. O único estudo já realizado que acompanhou crianças assim diagnosticadas que foram tratadas com bloqueadores relatou que 100% delas continuou expressando a identidade de transgênero e passou a ingerir hormônios de cruzamento hormonal. Para Cretella, “isso sugere que o protocolo médico em si mesmo pode levar os jovens a se identificar como transgênero”.

 

  1. Os hormônios de cruzamento sexual são perigosos para a saúde

Os estudos sobre a ingestão desses hormônios são claros: os riscos incluem doenças cardíacas, hipertensão arterial, coágulos de sangue, diabetes e câncer.

 

  1. A capacidade de avaliação dos riscos é pouco desenvolvida em adolescentes

Há estudos que apontam que pessoas com menos de 21 anos têm menos capacidade de avaliar os riscos de suas decisões. Isso sublinha que há um problema ético sério em permitir que pacientes tão jovens passem por procedimentos irreversíveis como esses.

 

  1. Não há provas de que o tratamento previna o suicídio entre os adolescentes

Um dos argumentos mais usados para justificar as terapias transgênero em idade precoce é a prevenção do suicídio. Chega-se a acusar quem se opõe a essas práticas de incentivar o suicídio. “Não há provas de que a perseguição e a discriminação, e muito menos a falta de afirmação trans, sejam a principal causa de suicídio em qualquer grupo minoritário”, diz Cretella. “Mais de 90% das pessoas que se suicidam têm diagnóstico de desordem mental e não há provas de que entre adolescentes com disforia de gênero essa porcentagem seja diferente”.

 

  1. Trocar de sexo não previne o suicídio

Ao contrário, os números apontam um grave problema que aflige a população LGBT: “A taxa de suicídio entre adultos que realizam a cirurgia de troca de sexo é 20 vezes maior do que na população geral – inclusive na Suécia, uma das nações mais pró-LGBT”, informa Cretella.

 

Com informações de Actuall.

 

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