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O namoro é um tempo muito bonito. Nessa etapa, sentimos ansiedade para nos encontrar com a outra pessoa, alguns mostram o seu lado mais terno e muitas surpresas e memórias ficam registradas. Ao mesmo tempo, junto desse turbilhão de sentimentos, o namoro é um processo de preparação e amadurecimento, quando um casal descobre um ao outro e caminha em direção a um compromisso definitivo.

Onze sinais de que esse namorado ou namorada não é para você

Nesse processo, parte perigoso e parte sublime, não temos medo de fazer promessas que, para outros, pareceriam arriscadas: “para sempre” parece até pouco tempo quando estamos ao lado de quem amamos. Mas “para sempre” pode ser possível? Como você pode saber que esse “para sempre” é viável?

Aqui estão algumas perguntas que todo namorado ou namorada deve conseguir responder antes de começar essa aventura chamada casamento.

  1. Por que você me ama?

Essa pergunta pode ser bastante desconcertante para alguns, porque se estamos juntos é porque nos amamos! Certo? Mas o que nós entendemos por amor? Uma boa definição é “a capacidade de fazer algo pelos outros”. Se esse conceito está bem assimilado, tudo é mais fácil de compreender. Você aprende então a esquecer uma preferência pessoal, a se sacrificar, mesmo se, muitas vezes, isso não acontece de modo fácil e gostoso. “Eu não digo tal coisa, porque o amo; eu escolho o que ele prefere, porque o amo; eu não vou me irritar, porque o amo; eu não vou comprar isso que não é necessário, porque o amo”, e por aí vai: os exemplos são infinitos.

  1. Você vai continuar apaixonado quando tudo virar rotina?

Quando estamos namorando, a pior coisa é ficar longe. Mas quando tempo passa, a rotina, a carga excessiva de preocupações e o cansaço tornam mais difícil fazer coisas que expressem: “Eu amo você, você é a pessoa mais importante para mim, eu só tenho olhos para você.” É importante expressar essa afeição, mesmo quando implique um esforço extra todos os dias. Amor envolve sacrifício: o esposo deve amar a sua esposa e mostrar isso. Madre Teresa de Calcutá dizia que “o amor, para ser verdadeiro, tem que custar”. Sim, é difícil às vezes, mas vale a pena.

  1. Você vai ficar ao meu lado nos momentos mais difíceis?

O casamento não é uma eterna lua-de-mel: os “momentos difíceis” não se referem somente à morte ou à doença do cônjuge. Esses momentos estão escondidos no meio do dia-a-dia, no cansaço após o trabalho, no mau humor depois de uma discussão, na exaustão por ficar acordado cuidando do bebê doente, etc. Os exemplos poderiam continuar a ser listados, mas já está claro: sim, os momentos difíceis vão acontecer. Estaríamos nos iludindo se achássemos que por nos amar um ao outro tudo será perfeito. É preciso lembrar que, no meio das adversidades, um sorriso, uma oferta de ajuda ou um pequeno gesto são uma grande e concreta manifestação de amor.

  1. Que tipo de pai/mãe você quer ser?

No namoro, é importante falar sobre as expectativas a respeito dos filhos. Não basta dizer que você quer ser um bom pai ou mãe, porque todo mundo quer ser. A questão é: o que você entende por “bom pai” ou “boa mãe”? Que valores você quer ensinar aos seus filhos? Quais princípios guiarão a educação deles? Você vai se esforçar para estar presente na vida deles? Como você vai conjuminar os seus projetos pessoais e a família? Essas são algumas questões que precisam ser debatidas no namoro: caso você não saiba, após o casamento costumam vir os filhos.

  1. Você vai pedir perdão se estiver errado, mesmo se for difícil?

O papa Francisco deu o seguinte conselho aos casais: “Aprendamos a reconhecer os nossos erros e a pedir desculpa. ‘Desculpa, se hoje levantei a minha voz’; ‘desculpa, se passei sem cumprimentar’; ‘desculpa, se cheguei atrasado’, ‘desculpa, se esta semana estive tão silencioso’, ‘desculpa, se falei demais, sem nunca escutar’; ‘desculpa, se me esqueci’; ‘desculpa, se eu estava com raiva e te tratei mal’. Cada dia podemos pedir muitas vezes ‘desculpa’. […] Nunca devemos terminar o dia sem pedir perdão, sem que a paz volte ao nosso lar, à nossa família. É normal que os esposos discutam, há sempre algo sobre o que discutir. Talvez vocês tenham discutido, talvez tenha voado um prato, mas por favor, lembrem-se disto: nunca terminem o dia sem fazer as pazes! Nunca, nunca, nunca!”

  1. Você estará disposto a me dar apoio quando eu não der conta sozinho?

Há muitas maneiras de entender essa questão. Emocionalmente falando: você vai ter paciência comigo quando nem mesmo eu conseguir ter? Quando, por qualquer razão, eu estiver frustrado, irritado, triste: por quanto tempo você pensa que poderia ficar ao meu lado sem receber nada em troca? Economicamente falando: se eu ficar doente, se eu perder o emprego, se as coisas não acontecerem como esperamos, você acha que será capaz de dar segurança a mim e aos nossos filhos? Trabalhar pelos dois? Ninguém planeja perder o emprego ou ficar doente. Acontece e não sabemos como reagiríamos. Mas o que você acha que estaria disposto a fazer?

  1. Você realmente acha que casar é importante?

Por toda parte, ouvimos que o casamento “é só um papel”, uma convenção social. É isso que o casamento é para você? Um processo burocrático? É importante saber o que o casamento significa para a outra pessoa, porque é algo mais que um certificado – bem mais. É uma decisão total e irrevogável de um casal que decide se tornar o fundamento e a origem de uma família. Isso não pode estar contido em um simples papel, mas o vínculo jurídico que o papel representa é grande: é o símbolo de sua total dedicação e aceitação do outro. A pessoa que não se decide a amar para sempre encontrará muita dificuldade em amar de verdade por um só dia. Por quê? Porque o “para sempre” é uma sucessão de “agoras”. Precisamos ser fiéis nas pequenas coisas, dia a dia, para ser fiéis para sempre.

Um aviso final

Ninguém começa a competição sem um treino prévio. O namoro é exatamente isso: treino. Talvez alguém que tenha lido esse texto pense: “Mas é muito difícil; quem é que vai querer se casar se for assim?” Bem, a questão não é ter medo de se casar: trata-se de se casar sabendo que não vai ser fácil, não vai ser um mar de rosas, mas vai ser maravilhoso. É bom que o casal saiba disso, para que não entre em pânico quando essas dificuldades acontecerem durante o casamento.

Com informações de Catholic Link.

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